À Lusa, a administração acrescentou que também serão instalados, nas próximas semanas, junto da zona onde se efetua o rastreio de infeções respiratórias, cerca de 18 contentores, num total de aproximadamente 300 metros quadrados, com o objetivo de se criar uma área mais ampla, exclusiva e dedicada à covid-19.
“Estas intervenções de espaço não impactam na atividade e nos circuitos já definidos, tratando-se de ações necessárias para o reforço ao combate da pandemia”, assegura o Hospital de Braga.
O “timing” é criticado pela Ordem dos Enfermeiros Norte, que considera “inaceitável e completamente incompreensível” que se façam obras num Serviço de Urgência “em pleno pico da pandemia de covid-19”.
“Não se podia ter feito isto em julho ou agosto, quando a pandemia deu tréguas?”, criticou o presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.
João Paulo Carvalho ressalvou que não está em causa a pertinência e a necessidade da intervenção, mas sim o “timing” escolhido.
A administração do hospital refere que as obras no Serviço de Urgência (SU) já se encontravam previstas no atual Plano de Contingência outono-inverno e têm como objetivo a criação de uma nova Unidade de Decisão Clínicaespecífica para doentes respiratórios.
“Esta nova área destinar-se-á à avaliação clínica dos doentes com suspeita de infeção respiratória e pretende melhorar as condições de espaço físico existente, com circuitos bem definidos (covid e não covid)”, acrescenta.
O projeto, que se traduz num investimento de cerca de 185 mil euros, já se encontra a ser executado, estando a sua conclusão prevista para dentro de oito semanas.
Quanto aos contentores, a administração sublinha que se trata “de uma medida de antecipação e prevenção, caso a situação epidemiológica evolua substancialmente”.
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