O porta-voz militar Houthi, Yahya Sarea, disse na rede X que os insurgentes “lançaram um conjunto de ‘drones’ durante as últimas horas contra alvos diferentes e sensíveis do inimigo israelita nos territórios ocupados”, referindo-se a Israel.

“Como resultado da operação, a atividade foi interrompida nas bases e aeroportos que foram alvo de ataques durante várias horas”, afirmou na mesma rede social.

Sarea indicou que os Houthis continuarão as suas “operações militares qualitativas em apoio ao povo palestiniano oprimido até que a brutal agressão israelita” na Faixa de Gaza esteja ultrapassada.

Esta nova ação surge quase uma semana depois de os rebeldes terem reivindicado outros três ataques com mísseis e ‘drones’ contra Israel, embora o Exército israelita tenha informado que os seus sistemas de defesa intercetaram um “alvo aéreo” que se dirigia para o seu território.

Depois, Israel acusou formalmente os rebeldes Houthi do Iémen de lançarem “mísseis e ‘drones'” que visavam o seu território, mas que atingiram duas cidades turísticas no Egito, perto da fronteira, ferindo pelo menos seis pessoas.

O Exército israelita anunciou posteriormente que estava a reforçar a segurança na zona do Mar Vermelho com navios da Marinha, depois de ter frustrado vários ataques do grupo xiita iemenita.

Os Houthis iemenitas alertaram em diversas ocasiões que “não ficarão de braços cruzados face à guerra genocida” na Faixa de Gaza, desde o início do novo conflito israelo-palestiniano, alertando que “cruzar as linhas vermelhas força o Iémen a cumprir o seu dever religioso e de princípio”.

Mais de 10 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza desde que as Forças de Defesa de Israel iniciaram a sua campanha de ataques para responder aos ataques levados a cabo pelo Hamas em 07 de outubro, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestiniano, que relata a morte de mais de 4.100 crianças.

As autoridades palestinianas também aumentaram para 155 o número de palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, provocados por disparos das forças israelitas e ataques de colonos, desde 07 de outubro, quando o Hamas realizou ataques contra Israel que deixaram quase 1.400 mortos e mais de 240 pessoas raptadas.