A cidade portuária de Hodeida, que ilustra só por si a complexidade do conflito, conheceu na noite de segunda-feira combates entre forças governamentais e rebeldes, que foram os mais violentos desde a redução de violência ocorrida na quarta-feira.
Estes combates ocorreram na parte oriental da cidade, onde os rebeldes dispararam tiros de artilharia aos quais as tropas do Governo ripostaram, enquanto a aviação da coligação liderada pela Arábia Saudita lançou 12 raides contra posições rebeldes.
Este aumento de violência ocorreu apesar dos apelos à calma e da apresentação no Conselho de Segurança da ONU, pelo Reino Unido, de um projeto de resolução, que instaura uma trégua na cidade e a passagem, sem obstáculos, de ajuda humanitária.
Não foi fixada qualquer data para a votação deste projeto de resolução, que foi apresentado depois de o emissário da ONU, Martin Griffiths, ter proposto a realização de negociações em Estocolmo, na Suécia.
Martin Griffiths disse, na estação televisiva Sky, que pretendia o início das negociações “dentro de algumas semanas”. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, indicou que poderiam começar no “início de dezembro”.
O Governo do Presidente iemenita, Abd Rabbo Mansour Hadi, apoiado pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, declarou que enviaria uma delegação a Estocolmo.
Antes, o chefe rebelde Mohammed Ali al-Houthi exortou os seus seguidores a acabarem com “os tiros de mísseis e drones” e propôs “a cessação de todas as operações militares em todas as frentes”, para mostrar as boas intenções dos rebeldes.
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