Na nota pastoral “O Pacto Educativo Global com Deus em Prol da Humanidade” emitida para a Semana Nacional da Educação Cristã, que se assinala entre 01 e 08 de outubro, o organismo liderado pelo bispo de Vila Real, António Augusto Azevedo, é preconizado que a Educação compromete todos “com o acolhimento e inclusão do outro (…), no respeito pela sua singularidade”.

“Em consonância com o apelo e o movimento do Papa Francisco em prol de um Pacto Educativo Global, (…) é fundamental reavivar o entusiasmo com as gerações jovens, renovando o compromisso com uma Educação aberta e inclusiva, feita de escuta paciente, diálogo construtivo e mútua compreensão, capaz de (…) fazer nascer a cultura do encontro”, sublinha a nota pastoral hoje conhecida.

O documento da Comissão Episcopal da Educação Cristã adianta que “educar é amar e apontar caminhos num pacto com as gerações jovens, que empenhe as famílias, as comunidades, as escolas e universidades, as instituições, as religiões, os governantes, a humanidade inteira na formação de pessoas maduras, aptas a superar visões imediatistas e utilitaristas para se comprometerem com o bem comum”.

“Educar é sempre um ato de esperança”, frisa o documento, segundo o qual “a globalização da indiferença, da violência, do discurso de ódio contra migrantes e outros marginalizados coloca grandes desafios à Educação e aos educadores”.

Para o organismo presidido pelo bispo António Augusto Azevedo, “a Educação responsabiliza as pessoas e transforma o mundo. Um dos maiores desafios da Educação, na perspetiva cristã, está em descentrar o ser humano de si mesmo, encerrado numa autossuficiência que isola dos outros e do mundo”.

Por tudo isto, é defendida uma “nova Educação que promova a transcendência da pessoa humana, o desenvolvimento humano integral e sustentável, o diálogo intercultural e religioso, a salvaguarda do planeta, não já num registo de medos ou inevitabilidades, mas numa lógica de reconhecimento do mundo como dom, num dinamismo que promove o acolhimento e o cuidado pelo outro”.