“O apelo que eu faço [aos eleitores] é que revejam o trabalho que nós fizemos nos últimos três anos e meio. Com um deputado único, fizemos um trabalho que eu considero notável”, disse hoje aos jornalistas Nuno Barata, deputado único da IL nos Açores, eleito em 2020.
O cabeça de lista da IL pelos círculos eleitorais de São Miguel e da compensação, que falava no início de uma caminhada pelo centro da cidade de Ponta Delgada, que encerrou a campanha eleitoral do partido para as eleições regionais de domingo, lembrou que como deputado eleito pela IL visitou todas as ilhas.
“Fizemos contactos com todas as instituições, promovemos, no mês seguinte, em plenário, uma sessão de perguntas ao Governo sobre as preocupações dessas pessoas. (…) Demos cobertura às nove ilhas dos Açores, demos cobertura a todas as Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais, demos cobertura às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), aos anseios das populações”, relatou.
No encerramento da campanha eleitoral, Nuno Barata apelou aos açorianos, “que revejam o trabalho que foi feito e que, no dia 04 de fevereiro, votem em consciência”: “E esse voto só pode ser [na] IL”.
Questionado sobre a análise que faz da campanha, na globalidade, o candidato respondeu que “ficou muita coisa por dizer, ficaram propostas por apresentar”.
“Falou-se muito do passado. Fala-se sempre muito das responsabilidades dos outros e apresentam-se poucas soluções”, disse, apontando que a IL está sempre disponível “para apresentar soluções de futuro”.
E rematou: “Inclusivamente, chegaram a dizer que eu não faço falta à democracia, o que é lamentável. Quem não faz falta à democracia é quem se porta dessa maneira”.
Na sua opinião, a candidatura da IL conseguiu na campanha eleitoral transmitir as suas ideias e propostas para “uns Açores melhores”.
Nuno Barata espera ser reeleito para trabalhar “com o mesmo sentido de responsabilidade, com o mesmo empenho, com a mesma dedicação e sempre com o olho no futuro dos açorianos”.
Em relação a resultados eleitorais, disse esperar que o partido possa manter a representação parlamentar e “eleger, pelo menos, mais um deputado”.
“Esse era o nosso objetivo no início da campanha. As sondagens não nos dão esses números, mas essa última sondagem no dia 04 de fevereiro é a do povo açoriano, e nós acreditamos que o povo açoriano acompanhou o nosso trabalho ao longo dos últimos três anos e meio, sempre com o nosso sentido de responsabilidade, sempre com grande empenho, mesmo quando chumbámos um orçamento explicámos detalhadamente a razão de chumbar esse orçamento”, explicou.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para o próximo domingo, após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
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