“Testar verdadeiramente esta suposta abertura para o diálogo que o PS tem dito que vai ter”, é uma das estratégias definidas hoje pela IL, reunida em Conselho Nacional nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, para analisar os resultados das últimas eleições legislativas e para discutir “como é que o partido se vai posicionar na próxima legislatura”, afirmou João Cotrim Figueiredo.
O partido que pretende mostrar que “as ideias liberais funcionam em tantos outros países e podem funcionar em Portugal”, promete “oposição firme ao Governo” socialista e apresentar, em sede de discussão do Orçamento do Estado para 2022, um conjunto de propostas “para que o PS rapidamente diga se é ou não é um partido que está aberto ao diálogo”.
E, se “estiver a falar a sério”, acrescentou Cotrim Figueiredo, o PS “vai ter necessidade de negociar” com a IL, “seja na frente da saúde ou do sistema eleitoral ou do sistema fiscal”.
Questionado pelos jornalistas, Cotrim de Figueiredo precisou que o IL irá apresentar cerca de uma centena de propostas que não irá “negociar previamente”.
Entre essas propostas destacou as relativas à simplificação dos escalões do IRS, defendendo ser “possível baixar escalões e baixar as taxas”, o que fará “efetivamente subir o salário líquido dos portugueses, que é um dos principais problemas” com que o país se debate.
O presidente da IL defendeu no final do Conselho Nacional que a discussão do Orçamento do Estado desse acontecer o mais rapidamente possível.
“Quanto mais depressa melhor”, disse o liberal, que considerou ser “particularmente mau ter uma aprovação de um orçamento para um determinado ano a meio desse ano e começar a discutir o orçamento para o ano seguinte passados três meses”.
Cotrim de Figueiredo deixou ainda claro que não contará com o PSD nem com nenhum dos outros concorrentes eleitorais para fazer oposição, esperando apenas que “todos os partidos façam o seu papel porque cada um deles representa uma fatia do eleitorado que é importante e, nesse sentido, quanto mais depressa todos os partidos tiverem as suas lutas internas resolvidas, melhor”.
O presidente da IL acusou ainda o candidato do CDS/PP Nuno Melo de “não ter percebido a natureza” da reivindicação da IL em se sentar entre o PS e o PSD no parlamento e reiterou que o seu partido não se revê na catalogação à esquerda ou à direita, voltando a defender um lugar ao centro da Assembleia da República.
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