No poder há 15 anos neste pequeno país do Cáucaso do sul, rico em hidrocarbonetos (petróleo e gás), Aliev obteve 86,1% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral Central, quando estão contabilizados 67,3% dos boletins depositados nas urnas.
Ilham Aliev foi eleito pela primeira vez em 2003 nesta ex-República soviética e sucedeu a seu pai, Heydar Aliev, um antigo oficial do KGB local que dirigia o país desde 1969 e conservou o poder até à sua morte.
Numas eleições boicotadas pelas principais forças da oposição, sete candidatos opuseram-se a Aliev, 56 anos, mas nenhum contactou com os eleitores azeris nem promoveu campanha eleitoral.
Para os dirigentes oposicionistas, estes “candidatos fantoche” apenas foram escolhidos para fornecer uma “ilusão de competição” a uma eleição com resultados previamente anunciados.
Criticado pela oposição e pelos defensores dos Direitos Humanos, Ilham Aliev é elogiado pelos seus apoiantes pelo facto de ter garantido a modernização do Azerbaijão, que se tornou num importante fornecedor de gás à Europa e garantindo importantes receitas.
Ilham Aliev foi reeleito em 2008 e 2013 com resultados esmagadores, que a oposição considerou fraudulentos.
Em 2009, o chefe de Estado fez aprovar por referendo uma alteração da Constituição que lhe permite um número ilimitado de mandatos, uma reforma denunciada por ativistas de defesa dos direitos humanos e pelos círculos oposicionistas.
Uma nova alteração constitucional em 2016 alargou o mandato presidencial de cinco para sete anos. O Conselho da Europa criticou com veemência estas reformas que “originaram uma grave alteração do equilíbrio de poderes” e fornecem ao presidente uma autoridade “sem precedentes”.
Ilham Aliev também colocou membros da sua família nos mais elevados cargos do poder. A sua mulher Mehriban foi designada primeira vice-Presidente do Azerbaijão e o seu filho Heydar é frequentemente citado como o seu possível sucessor.
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