Stuart Cundy, o comandante da polícia metropolitana de Londres, explicou que as autoridades consideram que os desaparecidos no incêndio de quarta-feira estão mortos.

“Este número de 58 pode aumentar. Espero que não seja o caso, mas poderá aumentar”, disse, adiantando que poderiam estar outras pessoas no prédio na altura sem que a polícia tenha conhecimento.

O oficial sublinhou que a operação de busca dos corpos levará tempo, “semanas”, talvez mais, devido ao estado do edifício devastado pelo incêndio de origem desconhecida.

Segundo o serviço nacional de saúde britânico, 19 pessoas continuam hospitalizadas, 10 das quais em estado crítico.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que serão disponibilizados cinco milhões de libras (5,7 milhões de euros) para ajuda de emergência às vítimas do incêndio em Londres.

A rainha Isabel II participou hoje no minuto de silêncio no palácio de Buckingham em memória das vítimas do incêndio.

Acompanhada pelo marido, o duque de Edimburgo, a rainha de 91 anos juntou-se a outras pessoas reunidas diante do palácio Buckingham para o minuto de silêncio, que aconteceu por volta das 10:45 horas no Reino Unido (mesma hora em Lisboa).

A rainha, num comunicado sem precedentes, admitiu que é difícil evitar o ânimo sombrio que se vive no Reino Unidos depois das tragédias vividas este ano no país, como os atentados terroristas e o recente incêndio no edifício residencial de Londres.

Também o papa Francisco enviou hoje as suas condolências ao arcebispo de Westminster, destacando o trabalho e a "valentia" das equipas de emergência no atendimento às vítimas.

Desde o incêndio, na madrugada de quarta-feira, numerosas pessoas têm criticado severamente a gestão do edifício, considerada negligente, considerando muitos que se devia ao facto de se tratar de alojamento social. Os seus alertas contra o perigo de incêndio foram ignorados durante anos.

Especialistas questionaram o revestimento do edifício, colocado em 2015, pois continha polietileno, o que poderia explicar a rapidez com que se propagou o fogo.

Segundo o jornal Times, a utilização daquele tipo de revestimento é proibida nos Estados Unidos para os edifícios com mais de 12 metros de altura.

[Notícia atualizada às 16h30]

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