Segundo o Comandante Operacional Distrital (CODIS), António Fonseca, o dispositivo deste ano no distrito da Guarda conta com 642 operacionais (em 2018 eram 598) e 161 veículos operacionais (eram 140).

A ampliação do dispositivo deve-se à criação de uma brigada de sapadores florestais (constituída por 15 elementos) pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) e de nove Equipas de Intervenção Permanente (EIP) em corpos de bombeiros. No distrito da Guarda existem atualmente 37 equipas de sapadores florestais e 19 EIP.

"Temos vindo a aumentar, quase sistematicamente, os meios. Do ano passado para cá já se nota esse aumento", dando resposta "ao aumento da severidade meteorológica", admitiu o CODIS.

Ao nível dos meios aéreos disponíveis, o DECIR 2019 inclui três helicópteros estacionados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Mêda, Seia e Guarda.

No CMA de Seia, na Serra da Estrela, ficam ainda instalados dois meios aéreos pesados, mas fazem parte do dispositivo nacional e operam em todo o território.

António Fonseca referiu hoje à Lusa que o dispositivo para este ano tem como novidade a criação de seis equipas exclusivamente noturnas de bombeiros voluntários, que vão operar no período considerado mais crítico.

"Como aumentámos o número de EIP nos corpos de bombeiros, parte dos voluntários que estavam disponíveis nesses corpos de bombeiros para os dispositivos sazonais ingressaram nessas equipas e tivemos uma ligeira diminuição, por causa disso, das equipas que são ativadas agora neste período mais crítico. Face a isto, foi aceite a nossa proposta no Comando Nacional de constituirmos também equipas exclusivamente noturnas", explicou o CODIS.

Assim, segundo o responsável, "no empenhamento máximo" de meios, o distrito da Guarda irá ter seis equipas noturnas, que vão operar "entre as 20:00 e as 08:00".

"Porque é durante a noite que temos mais disponibilidade de voluntários, como é evidente, fora das horas de trabalho, mas isto também veio ao encontro de uma necessidade operacional nossa: o ciclo dos incêndios, que podemos chamar mais complexos, inicia-se a meio da tarde e, se correr bem, termina a meio da madrugada", justificou.

Segundo o CODIS, "há uma necessidade operacional acrescida" no final da tarde e durante a noite, dado existirem condições meteorológicas mais favoráveis para dominar os incêndios.

"Daí a ideia de termos este ano, pela primeira vez, criado também equipas exclusivamente noturnas", rematou.

António Fonseca referiu ainda que, pela primeira vez, o dispositivo da Guarda será auxiliado por câmaras de vídeo, instaladas pela CIM-BSE, que vão permitir visualizar os incêndios e ajudar no apoio à decisão operacional.

O DECIR da Guarda foi dado a conhecer numa reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil, realizada no dia 10 de maio, nas instalações do Comando Distrital de Operações de Socorro, mas não foi apresentado publicamente.

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