Até ao final desta semana, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, "irá apresentar o relatório" do levantamento efetuado sobre as necessidades no terreno, reafirmou António Costa, após uma reunião em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, com os presidentes dos sete municípios afetados: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Góis, Penela e Sertã.
A reunião de hoje, em torno do levantamento, "foi importante" e, "felizmente, [o levantamento] está a correr bem em todos os concelhos", explicou o primeiro-ministro.
Segundo António Costa, a prioridade será responder "àquilo que é urgente e imediato do ponto de vista da reconstrução das infraestruturas municipais", nacionais, bem como as habitações.
O chefe do Governo disse esperar que a 19 de julho, na reunião do Governo com os autarcas na Sertã, já seja possível "ter legislação que está em debate na Assembleia da República sobre matérias florestais", sublinhando ainda que a comissão de valorização do interior está também "preparada".
Os incêndios que deflagraram na região Centro no dia 17 provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no último sábado.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta.
A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leira, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.
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