“Hoje estamos mais atentos, mais prevenidos, mais preparados para o risco de incêndios florestais. É fundamental mudar o futuro, mas é decisivo que 2018, que o presente seja já um presente em segurança”, disse aos jornalistas Eduardo Cabrita no final de uma reunião na comissão permanente de Concertação Social.
O ministro participou hoje, juntamente com o secretário de Estado da Proteção Civil, José Neves, na reunião plenária da comissão permanente de Concertação Social, que teve como tema “Proteção Civil: prioridades para 2018”.
Para o governante, esta reunião “foi muito importante” ao permitir aos parceiros sociais “uma ampla informação sobre aquelas que são as linhas essenciais de uma estratégia que é prioritária para o país” e que assenta na prevenção de risco de incêndios florestais, em medidas de autoproteção e naquilo que tem vindo a ser feito para o combate dos incêndios rurais.
Eduardo Cabrita sustentou que a “participação de parceiros sociais neste esforço, quer das empresas, quer o papel decisivo dos trabalhadores, é fundamental naquilo que hoje é um tema central na sociedade portuguesa”.
“Neste momento estamos preparados para os riscos do combate quando dias mais difíceis do que estes que vivemos chegarem. Para isso, é muito importante que em conjunto com os parceiros sociais se prepare este futuro para que 2018 corra bem e que em 2019 se faça ainda melhor”, afirmou.
No final da reunião, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, disse aos jornalistas que a questão de fundo passa pela criação de um plano de desenvolvimento económico para o interior do país que fixe pessoas e empresas.
“Não vale a pena ter ilusões”, sublinhou, avançando que, caso não seja criado este plano, Portugal terá “ciclicamente este problema”.
Também o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que a prevenção dos incêndios “não pode ser desligada” do desenvolvimento no país da coesão social e territorial.
Para tal, defendeu, que é preciso ter mais gente a trabalhar e a viver no interior, é necessário investir fortemente na captação de emprego e na fixação e atração de pessoas nestas zonas do país, bem como acabar com o encerramento de serviços públicos e criar condições de mobilidade.
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