A ministra, que presidiu à cerimónia que assinalou os 120 anos da fundação da Federação dos Bombeiros Portugueses, que mais tarde deu origem à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), destacou a importância da LBP, considerando que é “uma instituição essencial no diálogo e construção de soluções tendentes a melhorar e a dignificar a ação dos bombeiros e das suas estruturas, ao serviço das comunidades que servem”.
No discurso, Margarida Blasco afirmou estar ciente “dos desafios que são vividos no dia-a-dia pelas associações humanitárias e pelos corpos de bombeiros” que são representados pela Liga de Bombeiros Portugueses, além dos “anseios e aspirações que querem ver resolvidos com premência”.
“Queremos sempre conhecer, mais em detalhe, os desafios com que as associações humanitárias de bombeiros se confrontam no seu dia-a-dia. Assim, assumindo uma postura de proximidade, de diálogo, de cooperação e de confiança estamos empenhados em ouvir todas as associações humanitárias do território continental, de forma a podermos dialogar com os dirigentes das associações humanitárias e comandantes de bombeiros. Isto, a par com o diálogo institucional e regular que desenvolveremos, como se impõe, com a LBP”, disse.
Em declarações aos jornalistas, a ministra sustentou que a intenção do Governo “é permitir um diálogo franco e aberto com a LBP e todas as associações humanitárias de bombeiros”.
Questionado sobre as reivindicações da LBP, nomeadamente a criação de uma carreira para os bombeiros voluntários e o aumento do pagamento por hora dos que estão integrados no dispositivo de combate a incêndios, Margarida Blasco apenas prometeu diálogo: “Vamos falar, ouvir todas as opiniões e ponderar essa situação”.
“Estamos há duas semanas no Governo, aquilo que podemos assegurar é que estamos a trabalhar afincadamente para resolver a aquilo que for necessário e realizável, não posso fazer promessas quantitativas e qualitativas. Vamos estar todos em comunicação”, precisou.
Sobre os meios de combate a incêndios florestais para a época que se aproxima, a ministra respondeu que “vai haver meios e sobretudo com a boa vontade destes homens e mulheres vai haver meios” para o combate.
O primeiro reforço de meios no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais tem acontecido nos últimos anos a 15 de maio.
Margarida Blasco aproveitou para apelar aos proprietários para que limpem as matas e os terrenos, terminando esta fase no final de abril, já que é uma forma para se evitar muitos dos fogos.
A ministra destacou ainda o facto do atual Governo ter um secretário de Estado “só com a pasta da Proteção Civil”, o que demonstra “um sinal de interesse”.
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