O ministro associou-se hoje à homenagem que o município do Peso da Régua, no distrito de Vila Real, prestou à Real Associação Humanitária dos Bombeiros, a corporação que há 141 anos serve o concelho. A cerimónia aconteceu no dia em que a Régua assinala os 37 anos de elevação a cidade.
“Homenagear os bombeiros de Peso da Régua é igualmente homenagear os bombeiros portugueses em todo o território nacional”, sublinhou o ministro, no seu discurso.
José Luís Carneiro referiu que a sua presença nesta cerimónia é um sinal da sua “admiração por esta energia e vitalidade que demonstram”, mas também um “sinal de solidariedade neste período muito crítico de incêndios em todo o país”.
O governante explicou que não tem estado presencialmente nos locais onde se têm travado esses combates devido à recomendação da Comissão Técnica Independente que analisou os incêndios de 2017, de que os membros do Governo não devem deslocar-se aos teatros de operações no decurso desses trabalhos, sob pena de serem desviadas atenções daquilo que é essencial nesses momentos, que é mesmo o combate às chamas.
“E, por isso, o nosso acompanhamento do evoluir de cada incêndio é permanente, mas não nos teatros de operações. E, sobretudo, a nossa solidariedade para com os homens e mulheres que travam esse combate é incondicional. Como é incondicional a nossa solidariedade para com as populações afetadas”, frisou.
José Luís Carneiro disse, no entanto, que se está “ainda a meio deste combate”.
“Temos ainda muitas semanas pela frente em que não podemos, em momento algum, baixar a guarda”, sublinhou.
Este verão, acrescentou, “tem sido particularmente exigente” para o sistema de Proteção Civil, “com incêndios de grandes dimensões combatidos em condições muito adversas de temperatura, baixa humidade e ventos fortes”, condicionantes meteorológicas que “têm feito com que vários incêndios progridam no terreno de forma muito rápida”.
“Em todos eles, assistimos à notável coragem de todos os agentes que integram o Dispositivo de Combate a Incêndios Rurais. Mas cada uma e cada um de nós tem de ser parte ativa também neste combate que é de todos, evitando comportamentos de risco”, salientou.
O ministro da Administração Interna apontou às previsões meteorológicas que dizem que “os fatores propícios à propagação dos incêndios vão, infelizmente, manter-se, com ventos secos e noites quentes, associados a uma seca extrema com que o país está confrontado”.
“Deixo, por isso, mais uma vez, este forte apelo, para que evitemos todo e qualquer comportamento que possa dar origem a um incêndio”, reforçou.
Por fim, o ministro afirmou-se atento às “justas expectativas e anseios dos bombeiros portugueses”, sublinhando que “é objetivo do Governo, ao longo da legislatura, dar especial atenção à Proteção Civil e ao reforço e edificação de condições humanas e materiais necessárias ao bom desempenho operacional dos corpos de bombeiros”.
Na Régua, além do combate aos incêndios e missões de emergência, a ação dos bombeiros inclui o socorro a náufragos e buscas subaquáticas, bem como a situações de inundações e cheias.
Com 141 anos, a corporação é uma das instituições mais antigas deste concelho do distrito de Vila Real.
“Por todo o trabalho que fazem e pela presença que cada vez mais têm no apoio à comunidade, acho que se impunha esta homenagem pública, como reconhecimento pelo trabalho e para dar um sinal de motivação aos corpos dirigentes e ao corpo ativo”, justificou o presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves.
A homenagem é também, acrescentou, uma forma de incentivar novos voluntários para esta corporação.
Comentários