“Hoje mesmo estarão em funcionamento mais quatro helicópteros, neste momento já está um Pernes [Santarém] e outro em Monchique [Faro], amanhã [sexta-feira] entrarão mais seis helicópteros em operação e, até à próxima segunda-feira, teremos um total de 16 meios aéreos adicionais que reforçam os 22 que já tínhamos no sistema”, disse aos jornalistas Eduardo Cabrita.

Os 16 helicópteros que vão estar disponíveis até segunda-feira resultam da contratação por ajustes diretos feita esta semana pelo Governo devido ao estado de alerta de risco de incêndio face às condições meteorológicas.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) previa para esta altura do ano 38 meios aéreos disponíveis, mas só 21 estão operacionais, incluindo um helicóptero da Força Aérea que será ativado em caso de necessidade para coordenação aérea.

A partir de 1 de junho, o DECIR é reforçado, estando previstos 60 meios aéreos, mas destes só estão aptos a operar 23, juntando-se agora mais 16 contratados por ajuste direto.

“No âmbito do estado de alerta foi decidida a realização da contratação por ajustes diretos para a contratação de meios aéreos por despacho do ministro da Defesa na passada segunda-feira”, afirmou.

Questionado sobre a falta de meios aéreos, Eduardo Cabrita referiu que “todos os meios que hoje temos estão a ser suficiente” e deu conta que, na quarta-feira, foram feitas cerca de duas dezenas de operações de meios aéreos, permitindo resolver as mais de uma centena de incêndios resolvidas no ataque inicial.

“São muito mais do que tivemos no ano passado e do que tivemos em qualquer ano. No ano passado fizemos oito ajustes diretos, este ano faremos todos os que são necessários”, argumentou.

O governante sustentou também que este ano Portugal tem “o maior nível de prontidão terrestre de sempre”.

“Temos a maior capacidade de reforço no terreno de sempre e por isso, pelo que se demonstrou ontem e hoje, prova que estamos preparados”, precisou.

O ministro da Administração Interna falou aos jornalistas, em Sintra, após ter visitado o Posto de Comando Nacional e um dos cenários do exercício europeu de proteção Civil CASCADE’19 que se realiza em quatro distritos de Portugal desde terça-feira e termina no sábado.

Apesar de se estar a realizar este exercício europeu, o maior realizado em Portugal e que envolve mais de 3000 operacionais, o ministro garantiu que a Proteção Civil “está preparada”.

“Ao mesmo tempo que está a decorrer o maior exercício internacional de proteção civil que alguma vez aconteceu em Portugal, 3.500 pessoas envolvidas na resposta a um eventual furacão e a um sismo, no mesmo dia a Proteção Civil deu resposta a mais de uma centena de incêndios”, disse.

O ministro avançou ainda que o estado de alerta de risco de incêndio rural vai ser prolongado hoje à tarde, remetendo para mais tarde um comunicado sobre o número de dias e os distritos afetados.