Durante a manhã, as aulas ainda se realizaram mas, durante a tarde, devido ao “agravamento da situação” e ao “fumo cada vez mais denso” que cobre a região, a direção do Agrupamento de Escolas decidiu suspender as atividades letivas, afirmou João Teixeira.

“Logo de manhã decidimos suspender as aulas de educação física para os alunos não respirarem o fumo, mas à tarde o fumo tornou-se cada vez mais denso e eles não podiam estar nos recreios”, explicou.

João Teixeira referiu que a suspensão das aulas se estende do pré-escolar ao secundário, num total de mais de 1.000 alunos.

Se na terça-feira estiverem reunidas as condições adequadas ao funcionamento das aulas, as escolas abrirão normalmente. Caso contrário manter-se-ão encerradas, acrescentou.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.