Uma candidata republicana, cuja vitória parecia garantida no Arizona na corrida ao Senado dos EUA viu na quinta-feira a sua rival democrata assumir a liderança num momento em que os votos estão quase todos contados, segundo resultados oficiais.
Se a democrata Kyrsten Sinema, de 42 anos, derrotar Martha McSally, de 52, apoiada por Donald Trump, a maioria republicana no Senado pode vir a ser menos clara do que aquela apontada na madrugada eleitoral.
Sinema liderava a votação na noite de quinta-feira com mais de nove mil votos à frente da sua adversária republicana, de acordo com a contagem do Secretariado do Estado do Arizona.
Os republicanos já asseguraram a maioria na câmara alta do Congresso em Washington, com 51 assentos contra 46 para democratas e independentes, contudo, a extensão da sua vitória está neste momento em jogo, uma vez que uma outra corrida para o Senado, na Florida, pode obrigar à recontagem dos votos.
Naquele estado, o republicano Rick Scott continua à frente de seu oponente democrata por 0,22 pontos percentuais. Na Florida, a lei obriga a uma recontagem caso a vantagem do primeiro para o segundo candidato não for de pelo menos 0,5 pontos percentuais.
Rick Scott, governador no final do seu mandato, enfrenta o senador democrata Bill Nelson por uma posição no Senado em Washington.
Scott disse na quinta-feira que fez uma queixa contra dois funcionários eleitorais, por suposta fraude.
A ameaça de uma recontagem na Florida lembra os desenvolvimentos dramáticos que ocorreram em partes daquele estado durante a eleição presidencial de 2000.
O processo foi então suspenso pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos e George W. Bush derrotou o democrata Al Gore na Florida por 537 votos e venceu a eleição presidencial.
O presidente Donald Trump apoiou o candidato republicano Rick Scott. “As autoridades estão a analisar outro grande escândalo de corrupção relacionado à fraude eleitoral nos condados de Broward e Palm Beach”, disse Trump. “A Florida votou em Rick Scott!”, enfatizou o Presidente norte-americano.
No Mississippi, nenhum candidato alcançou a marca de 50%, pelo que haverá lugar a uma segunda volta no dia 27 de novembro.
Antes das eleições intercalares de terça-feira, o Partido Republicano tinha apenas uma pequena maioria no Senado, com 51 lugares conquistados contra os 49 do Partido Democrata.
No Arizona, qualquer que seja o resultado final, a vitória será histórica: este estado nunca elegeu uma mulher senadora em Washington. Por outro lado, a democrata Sinema é a primeira candidata ao Senado assumidamente bissexual.
Já a sua adversária, Martha McSally, apoiante das políticas de Trump, é a primeira mulher militar dos EUA a pilotar um caça.
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