“Considerado o contexto atual de pandemia pelo novo coronavírus, importa reforçar a necessidade de os cidadãos continuarem a ligar para o 112 sempre que se verifique uma situação de doença súbita ou acidente”, sublinha o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que recorda que a colaboração com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do instituto "é fundamental para o despiste de situações de emergência médica, como é o caso do AVC”.
Em comunicado, o instituto lembra que a falta de força num braço ou a dificuldade em falar são alguns dos sinais de AVC e sublinha: “a rápida intervenção médica é vital para o sucesso do tratamento e posterior recuperação do doente”.
O INEM registou no ano passado 4.415 casos encaminhados para a Via Verde AVC, uma média de 12 casos por dia e um total de mais 919 casos comparativamente a 2018.
Os distritos de Porto e Lisboa foram os que registaram mais casos, com 1.041 e 916, respetivamente, seguidos de Braga (432), Setúbal (309) e Aveiro (218).
O INEM recorda que o AVC continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também “a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares”.
“As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos”, acrescenta.
O instituto explica ainda que o AVC é “um défice neurológico súbito” provocado por deficiência de irrigação sanguínea (isquemia) ou hemorragia no cérebro, e frisa que, para prevenir a doença, devem ser adotados hábitos de vida saudável, evitando o tabaco e a vida sedentária e com especial atenção a doenças, como: a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas.
Nos primeiros três meses deste ano, o INEM registou 1.369 casos de AVC encaminhados para a Via Verde, mais 353 casos em comparação com igual período de 2018.
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