“Não se verificam até ao momento perturbações relevantes na resposta de emergência médica decorrentes da greve, estando a ser assegurada a assistência à população por toda esta rede, que envolve mais de 600 meios”, avançou o INEM à agência Lusa.
A resposta do instituto surge na sequência da denúncia do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), feita hoje de manhã, que várias ambulâncias de emergência médica estiveram paradas em diversas regiões do país por causa do dia nacional de protesto, promovido pela CGTP.
O instituto salientou que o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) é constituído não só pelos meios próprios do INEM, mas também pelos meios dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, que “funcionam numa lógica de complementaridade”.
Segundo o presidente do STEPH, Rui Lázaro, a paragem das ambulâncias decorreu do facto de o INEM não ter indicado “os trabalhadores que deveriam cumprir os serviços mínimos” durante o dia de hoje.
“O acordo coletivo de trabalho diz quais os serviços que devem estar a funcionar, mas não quais os trabalhadores que devem cumprir os serviços mínimos. Isso deverá ser feito ou pelo sindicato [o que não aconteceu] ou pela entidade patronal”, explicou o sindicalista, acrescentando: “O sindicato não indicou e, como o INEM se esqueceu, há ambulâncias paradas”.
Segundo o instituto, o cumprimento dos serviços mínimos está estipulado no Acordo Coletivo de Trabalho, garantindo que os meios do INEM têm um número de trabalhadores igual ao que figurar na escala para o turno da noite no horário aprovado à data do anúncio da greve.
“Não tendo havido definição dos trabalhadores por parte dos sindicatos, e mais uma vez ao abrigo do Acordo Coletivo de Trabalho, os serviços são assegurados pelos trabalhadores previamente escalados, a exemplo do que sempre foi feito no instituto em greves anteriores convocadas por esta estrutura sindical”, adiantou ainda o INEM.
A CGTP realizou hoje um dia nacional de protesto, com greves e manifestações em vários pontos do país, pelo aumento dos salários e das pensões, contra a subida do custo de vida e para reivindicar emprego com direitos.
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