A China foi a primeira a anunciar a proibição da importação de alguns alimentos de dez províncias do Japão (dez regiões do norte e centro da ilha de Honshu, incluindo de Fukushima e da capital, Tóquio), apesar do plano japonês para as descargas de águas residuais tratadas da central de Fukushima ter sido aprovado pela Agência Internacional de Energia Atómica.

Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, defendeu numa conferência de imprensa que descarregar a água no oceano “não é a opção mais segura ou mais prudente”.

A outra região administrativa especial chinesa, Hong Kong, anunciou também uma proibição de importação, mas apenas de produtos ligados ao mar, incluindo pescado, marisco, algas e sal, das mesmas dez regiões.

Por exemplo, os restaurantes de sushi em Pequim e Hong Kong já sofrem com as restrições: “Cerca de 80% dos frutos do mar que usamos vêm do Japão”, disse à AFP Jasy Choi, que dirige em Hong Kong um pequeno restaurante de comida japonesa.

“Se mais da metade dos meus ingredientes, que são importados do Japão, forem afetados, será difícil continuar”, lamentou o chef Choi.

Consequentemente, Macau também anunciou  a proibição de importação de alguns alimentos das mesmas regiões. O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) de Macau confirmou a proibição da importação de produtos frescos, incluindo vegetais, frutos, carne, ovos e laticínios de 10 regiões do norte e centro da ilha de Honshu, incluindo de Fukushima e da capital, Tóquio.

Ao contrário destes primeiros países, o governo sul-coreano não apresentou objeções. A Coreia do Sul tem realizado vários testes para demonstrar às pessoas que não há risco de contaminação ambiental ou de alimentos devido às descargas.

Apesar disso, alguns cidadãos manifestaram-se em Seul. Os manifestantes exibiram cartazes, onde era possível ler palavras de ordem como: “Nenhum material radioativo é seguro para o mar”.