Em comunicado, o instituto do Porto explica que o projeto, intitulado COME RES, pretende criar comunidades de energia renovável em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Noruega, Polónia, Letónia e Países Baixos.
As comunidades de energia renovável “vêm quebrar com a gestão tradicional do sistema energético”, explica o instituto, acrescentando que nestas comunidades os cidadãos são responsáveis pela gestão da sua própria energia, “partilhando custos e benefícios”.
“É o espelho da transição em marcha na Europa para um sistema energético mais sustentável e centrado no cidadão, e uma iniciativa que, na perspetiva da União Europeia, importa incentivar, pois figura uma resposta à necessidade urgente de descarbonização das economias”, salienta o INEGI.
O projeto, financiado ao abrigo do programa europeu Horizonte 2020, conta com 16 parceiros.
O INEGI é a única instituição nacional envolvida no consórcio coordenado pela Universidade Livre de Berlim (Freie Universität Berlin).
Citada no comunicado, a investigadora responsável pelo projeto, Isabel Azevedo, explica que a equipa do INEGI vai “analisar os fatores legais, políticos, sociais e económicos que podem potenciar ou constituir barreiras à implementação” destas comunidades e a sua adoção “em larga escala” em Portugal.
Para a realização da análise o INEGI pretende criar um grupo nacional de discussão e de organização de ‘workshops’ temáticos.
“A partir desta informação, iremos desenhar novos modelos de negócio que facilitem a criação destas comunidades e um plano de ação que promova a sua implementação na região Norte”, acrescenta a investigadora.
A capacitação de atores locais, o apoio à definição de políticas e um quadro regulatório mais eficaz são algumas das estratégias da equipa do instituto do Porto.
No âmbito do projeto, será ainda criada uma plataforma europeia de acesso livre que visa divulgar e difundir o conceito, bem como “facilitar a comunicação entre os interessados e apoiar o desenvolvimento e organização dos projetos comunitários”.
A plataforma pretende “reduzir o tempo e esforço necessário para promover projetos de instalações de energia renovável e comunitária e potenciar a transferência de boas práticas”, tendo em vista a aproximação aos “municípios, parques empresariais, aglomerados industriais e comunidades de residentes”.
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