“O Conselho Nacional tem decorrido com normalidade, com diversidade, mas com a consciência por parte de todos que, a partir deste momento, o interesse do PSD nos obriga a remarmos, colocarmos todas as nossas forças numa única direção”, afirmou, em declarações aos jornalistas, a meio da reunião que decorre desde as 21:30 de terça-feira, em Setúbal.
Para o vice-presidente social-democrata, a realidade da reunião que decorreu “é bem diferente” da que diz ler nos jornais e ver nas televisões sobre o que acontece nas reuniões internas do PSD.
Na sua intervenção inicial, em parte audível fora da sala do Conselho Nacional, o presidente do PSD, Rui Rio, defendeu que “o tempo é o melhor aliado” da sua estratégia, que passa por apontar os verdadeiros erros do Governo e construir uma alternativa credível.
Perante os conselheiros, Rui Rio admitiu que esta estratégia até poderá sofrer várias derrotas — “podemos perder à primeira, podemos perder à segunda, à terceira, à quarta, à quinta”, disse -, mas manifestou-se convicto de que um dia os portugueses “perceberão a diferença entre quem age assim e quem age de forma antagónica”.
Questionado se o PSD dará esse tempo a Rui Rio, Morais Sarmento salientou que o foco são as eleições do próximo ano.
“É para 2019 que estamos a trabalhar e é em 2019 que queremos ganhar”, disse o vice-presidente social-democrata.
Morais Sarmento salientou que, nas últimas eleições, também se atribuía a vitória ao PS, que acabou por não acontecer.
Questionado se a vitória nas próximas eleições legislativas não será decisiva para a continuidade de Rui Rio, Morais Sarmento respondeu invocando a máxima do fundador de Francisco Sá Carneiro, que primeiro está o país e só depois o PSD.
“Não é no momento da nossa vitória que estamos a pensar, é na maneira de melhor garantir nas próximas eleições aos portugueses que têm uma alternativa séria e com futuro”, assegurou.
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