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A investigação, publicada este mês na European Annals of Allergy and Clinical Immunology, alerta para a necessidade de “incorporar em vez de excluir” estes alimentos, contrariando práticas sociais ainda comuns.
A equipa, liderada por Inês Pádua, Rita Barbosa Silva, Ângela Moreira e Beatriz Pimenta, analisou 492 produtos alimentares para bebés até 15 meses disponíveis em dez cadeias de supermercados, incluindo purés, iogurtes, papas e snacks. Dos 14 principais alergénios, apenas oito estavam presentes nos produtos: trigo (132 produtos), leite de vaca (112), peixe (16), ovos (6), soja (11), frutos secos (2) e amendoim (1). Nenhum produto continha crustáceos, sésamo, mostarda, tremoço, aipo ou sulfitos.
“As recomendações de introdução alimentar atuais sugerem a introdução dos alergénios alimentares mais comuns aos 12 meses. Embora seja recomendável o consumo de refeições caseiras, existe uma crescente procura por soluções comerciais complementares” (CACF, na sigla original em inglês), notam as investigadoras. É também assinalado que, apesar de serem escassos os estudos sobre as tendências alimentares na primeira infância, na maior parte dos países europeus regista-se um consumo destes produtos nos primeiros dois anos de vida.
O estudo coincide com o Dia Mundial da Anafilaxia, assinalado esta sexta-feira, 21 de novembro, sublinhando a importância da prevenção precoce de alergias alimentares. As últimas diretrizes portuguesas sobre alimentação complementar, de 2019, indicam que a introdução de alergénios não deve ser atrasada, mas não especificam a prevenção como objetivo.
A análise excluiu leite em pó, produtos para bebés acima de 15 meses e alimentos destinados a crianças com alergias ou intolerâncias.
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