“Existem investigações em curso relativas à matéria dos meios aéreos de combate aos incêndios”, refere a PGR, numa resposta enviada à agência Lusa, esclarecendo ainda que “a designada operação Crossfire não tem arguidos constituídos”.
A informação da PGR surge no dia em que a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou que seguiram para o Ministério Público os resultados do inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre a gestão dos meios aéreos, que incluiu os helicópteros Kamov.
“Está a decorrer também um processo judicial no Ministério Público. Achamos por bem também enviar alguns resultados do inquérito para o MP”, disse Constança Urbano de Sousa.
Na sequência do inquérito realizado pela IGAI, a pedido do anterior Governo, o presidente da ANPC, Francisco Grave Pereira, demitiu-se do cargo.
Em janeiro último, no âmbito da operação Crossfire, a PJ realizou uma dezena de buscas em Lisboa, Porto e Portalegre, nomeadamente na sede da ANPC, em Carnaxide, para obtenção de provas relacionadas com contratos públicos de aquisição e manutenção de aeronaves para combate a incêndios.
Segundo uma nota da PGR emitida na altura, em causa estão suspeitas de corrupção, participação económica em negócio, falsificação e prevaricação na contratação internacional para aquisição de meios aéreos de combate a incêndios.
Em junho passado, na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, disse que os três helicópteros Kamov inoperacionais continuam por reparar, estando o processo de manutenção e reparação destas aeronaves a ser investigado pelo Ministério Público.
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