"O sanchismo não entra em Madrid", proclamou Ayuso, em referência ao primeiro-ministro que lidera o Governo nacional de coligação de esquerda, Pedro Sánchez, que tinha elegido como principal opositor durante a campanha eleitoral.
À janela da sede nacional do PP, na avenida de Génova no centro de Madrid, Ayuso afirmou que "esta forma de governar com opulência e hipocrisia a partir de A Moncloa [sede do Governo espanhol] tem os seus dias contados e já chega”.
"Madrid fez uma moção de censura democrática ao sanchismo, aos seus pactos com Bildu [separatistas bascos], com independentistas, ao Governo com Podemos [extrema-esquerda]. Madrid é o quilómetro zero da mudança de rumo em Espanha", proclamou por seu lado o presidente do PP, Pablo Casado, que sublinhou ainda que tinha ganho a "liberdade".
Más Madrid ultrapassa PSOE
O PP conquistou 65 assentos, mais 35 do que tinha elegido na votação de 2019, quando estão contados 97% dos votos.
Segundo os dados oficiais, o Más Madrid superou em pouco mais de 2.000 votos o Partido Socialista (PSOE) e tornou-se a força política mais votada à esquerda, ao eleger 24 deputados regionais.
Tal como o Cidadãos, que fica de fora da Assembleia, o PSOE é o grande derrotado das eleições, tendo perdido 13 deputados regionais em comparação com a última votação, tendo hoje conquistado também 24.
O Vox é a quarta força na Comunidade de Madrid, ao eleger 13 deputados regionais, mais um do que há dois anos, enquanto a coligação Unidas Podemos, com Pablo Iglésias como candidato, subiu de sete para 10 o total de assentos.
Sem maioria absoluta, Diaz Ayuso poderá necessitar do apoio do partido de extrema-direita Vox para se manter na presidência da Comunidade de Madrid, o que foi muito criticado por todos os partidos de esquerda durante a campanha eleitoral.
Apesar de, nas eleições de maio de 2019, o PSOE ter sido o mais votado, Díaz Ayuso - na altura desconhecida a nível nacional - tornou-se presidente da região de Madrid, à frente de uma coligação que formou com o Cidadãos (direita-liberal) com o apoio parlamentar do Vox.
Quando, em meados de março, dissolveu o parlamento regional e pôs fim à aliança com o Cidadãos, convocando eleições antecipadas, parece ter procurado capitalizar a popularidade que esta política lhe deu entre uma parte da população de Madrid.
[Notícia atualizada às 23h42]
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