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O ataque ocorre no mesmo dia em que uma delegação do Hamas se reunia em Doha para analisar uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza. De acordo com a correspondente da Al Jazeera Arabic, Suhaib Al-Assa, o local atingido “ficava muito próximo de edifícios residenciais e das casas das pessoas, não numa área isolada”. O jornalista acrescentou que as autoridades locais estão a dar prioridade à segurança da zona e à procura de vítimas e danos.

A reação de Doha foi imediata. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Majed Al Ansari, classificou o ataque como “covarde” e uma “flagrante violação de todas as normas e leis internacionais”, sublinhando que a ofensiva atingiu edifícios residenciais onde viviam membros do bureau político do Hamas. “Este ataque criminoso constitui uma grave ameaça à segurança e à integridade do Estado do Qatar, bem como dos seus residentes. Não toleraremos este comportamento imprudente de Israel”, declarou Al Ansari em comunicado.

Segundo a Al Jazeera, a ofensiva é vista por muitos analistas como mais uma tentativa israelita de inviabilizar negociações para o fim das hostilidades em Gaza. Nas últimas horas, as forças israelitas intensificaram as ordens de evacuação em Gaza, pressionando a população a deslocar-se para o sul do território.

O ataque em Doha surge poucos dias depois de o chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, ter ameaçado assassinar dirigentes do Hamas no estrangeiro.

As autoridades do Qatar informaram que estão em curso investigações ao mais alto nível e que mais detalhes serão divulgados assim que possível.

Uma fonte sénior do Hamas disse à Al Jazeera que líderes do grupo foram atacados em Doha enquanto discutiam a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, para um cessar-fogo em Gaza.

Recorde-se que os ataques militares israelitas contra Doha fazem recordar a crescente campanha militar de Israel na região. Nas últimas semanas, Israel está a bombardear Gaza, na Palestina, e a realizar ataques regulares no Líbano, Síria e Iêmen.

Ontem, um alegado drone israelita também teve como alvo uma Flotilha humanitária com destino a Gaza, atracada na Tunísia.

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