A cerimónia deveria acontecer a 5 de novembro e contava com atuações de artistas como David Guetta, Reneé Rap, Kid Laroi e Jung Cook dos BTS, mas foi cancelada por “precaução” com a segurança de todos os que participariam na gala, de acordo com a Paramount, grupo que detém o canal de televisão MTV, num comunicado citado pelas publicações norte-americanas Variety e The Hollywood Reporter.
“Dada a volatilidade dos eventos mundiais, decidimos não avançar com os MTV EMA [Europe Music Awards, em inglês, Premios Europeus da Música, em português] 2023, por precaução para com os milhares de trabalhadores, elementos de equipas, artistas, fãs e parceiros, que viajam de todos os cantos do mundo para dar vida a este evento”, lê-se no comunicado.
A organização recorda que os MTV EMA são “uma celebração anual de música global”.
“Enquanto assistimos aos acontecimentos devastadores que continuam a ter lugar em Israel e em Gaza, este não parece o momento para uma celebração global. Com milhares de vidas já perdidas, este é um momento de luto. Estamos ansiosos por organizar novamente a cerimónia dos MTV EMA em novembro de 2024”, salienta a organização.
Os prémios europeus de música da MTV foram criados nos anos 1990, acontecem anualmente numa cidade europeia diferente e incluem um prémio regional para cada país onde o canal de música e entretenimento tem programação.
Este ano, para o prémio de Melhor Artista Português da MTV estão nomeadas as cantoras Bárbara Tinoco, Carolina Deslandes e Marisa Liz, e os ‘rappers’ Bispo e Piruka.
As nomeações aos EMA deste ano voltam a ser lideradas pela cantora norte-americana Taylor Swift, em sete categorias, nomeadamente “Melhor Artista”, “Melhor Canção” e “Melhor Vídeo”, ambos para a música “Anti-Hero”.
Esta canção é retirada do álbum “Midnights”, que Taylor Swift editou em 2022 e que faz parte do alinhamento da nova digressão internacional, que passa por Lisboa em maio de 2024.
Com seis nomeações cada surgem as cantoras norte-americanas Olivia Rodrigo e SZA. Com quatro nomeações cada figuram as cantoras norte-americanas Doja Cat, Miley Cyrus e Nicki Minaj e a banda rock italiana Maneskin.
Na sexta-feira passada, um professor foi esfaqueado mortalmente numa escola secundária de Arras, no norte de França, por um ex-aluno radicalizado, que estava sinalizado pelas autoridades francesas por suspeitas de radicalização islâmica.
Este ataque, juntamente com a guerra em curso entre Israel e o grupo islamita Hamas e as suas potenciais repercussões no Médio Oriente, levou o Governo francês a elevar para o grau máximo o nível de ameaça terrorista em todo o país e a mobilizar 7.000 militares para reforçar a operação antiterrorista.
Na quarta-feira, o Palácio de Versalhes, nos subúrbios de Paris, foi evacuado devido a uma ameaça de bomba, pela terceira vez desde sábado passado.
No mesmo dia, as ameaças afetaram também pelo menos oito aeroportos em França, que também foram total ou parcialmente evacuados.
O museu do Louvre, em Paris, também teve de ser evacuado no último sábado devido a uma ameaça de bomba, tal como a Gare de Lyon, uma das principais estações ferroviárias da capital.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
As Nações Unidas consideram a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como territórios ocupados.
De acordo com a lei internacional, incluindo a Convenção de Genebra, como “poder ocupante”, Israel pode controlar a entrada de pessoas e bens, mas tem certas obrigações dentro da Faixa de Gaza.
Entre 2008 e 2020, o conflito israelo-palestiniano matou 5.590 palestinianos e 251 israelitas.
Antes dos ataques deste mês, mais de 200 palestinianos e 30 israelitas tinham sido mortos em confrontos, operações militares e outros incidentes em 2023, que já é considerado um dos anos mais mortíferos na região desde 2005. As Nações Unidas disseram que a “tendência preocupante” revelava um “desespero crescente relativamente ao futuro”.
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