O Governo italiano estava determinado em envolver o Parlamento na estratégia de luta contra a pandemia e, hoje, Giuseppe Conte, tinha pedido aos deputados que aprovassem uma extensão do estado de emergência, que expirava em 31 de julho, até 31 de outubro.

A extensão foi concedida, uma vez que a medida foi aprovada com 157 votos a favor e 129 contra. Desta forma, explica a agência Reuters, o primeiro-ministro terá mais espaço de manobra para aplicar as medidas necessárias para fazer face à pandemia, uma vez que o estado de emergência em Itália permite que o Governo mantenha as decisões de restrições sanitárias atuais, que, de outra forma, perderiam o seu efeito.

Antes de ser aprovada, o chefe de Governo italiano tinha salientado que o Conselho de Ministros "não quer criar um sentimento injustificado de medo ou de alarme, mas apenas manter as medidas organizacionais efetivas aplicadas até agora". Desta forma, enfatizou, Itália continua a ser "um país que os turistas queiram visitar e onde os italianos se sintam seguros".

Conte disse que a "Itália é atualmente um país seguro" e que a curva de transmissão diminuiu acentuadamente desde abril, quando o número de infeções atingiu o pico, mas lembrou que "o vírus continua a circular no país, dando origem a novos surtos, que têm sido rapidamente identificados e controlados".

Segundo a Proteção Civil, nas últimas 24 horas foram curadas 163 pessoas e o número de contágios efetivo é agora de 12.609, com 40 pacientes em cuidados intensivos.

A Lombardia, a região mais afetada, teve 53 casos de novas infeções nas últimas 24 horas, seguida da Campânia, com 29 novos casos de contágio, onde as autoridades estão preocupadas com a chegada de turistas nacionais e estrangeiros, pelo que já fizeram saber que estão agradadas com a extensão do estado de emergência.