Marco Minniti fez este pedido pouco antes de se reunir, hoje em Paris, com os homólogos francês e alemão para discutir uma “abordagem coordenada” para ajudar Itália a fazer face ao afluxo de migrantes aos seus portos.

Itália enfrenta “uma enorme pressão”, disse Minniti em entrevista ao diário Il Messaggero, depois de Roma ter ameaçado bloquear a entrada nos seus portos aos navios estrangeiros transportando migrantes socorridos no Mediterrâneo.

Os navios que socorrem migrantes “têm pavilhão de diferentes países europeus”, disse o ministro, explicando que se trata de navios de organizações não-governamentais (ong), da operação naval europeia Sophia e da agência europeia de fronteiras Frontex, a operarem lado a lado com a guarda costeira italiana.

“Se os únicos portos para os quais os refugiados são encaminhados são os portos italianos, as coisas não funcionam. Esse é o cerne da questão”, disse.

“Sou em europeísta e ficarei orgulhoso se um único navio, em vez de aportar em Itália, for para outro porto. Isso não ia resolver o problema de Itália, mas seria um sinal extraordinário” de demonstração de vontade de ajudar a Itália, disse.

Desde o princípio de 2017, mais de 83.000 migrantes chegaram a Itália, na maioria provenientes da costa da Líbia.