Após inúmeros pedidos apresentados tanto a Itália como a Malta, as autoridades italianas concederam abrir o porto de Augusta para o desembarque deste grupo de migrantes, no qual se incluem 112 menores, nove mulheres e três crianças, a mais nova das quais tem cerca de um ano, referiu a MSF.
Muitos dos migrantes vêm da Eritreia, Bangladesh, Paquistão, Sudão e Egito.
Entre o grupo de migrantes conta-se Jimmy, um jovem de 25 anos que contou “as condições desumanas em que teve de viver por um ano e meio, enquanto esteve em centros de detenção líbios”.
“Lá, eu só tinha um pedaço de pão para comer o dia todo, davam-nos água do banho para beber, obrigavam-nos a telefonar às nossas famílias para pedir resgates e ameaçavam matar-nos”, explicou o jovem num vídeo filmado a bordo e divulgado pela MSF.
Os 439 migrantes foram resgatados em sete operações, depois de o navio ‘Geo Barents’ ter iniciado, em 14 de janeiro, a sua sétima missão no Mediterrâneo Central.
Este ano, já chegaram a Itália 2.051 migrantes, mais do dobro dos 872 registados no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Interior italiano.
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