Num encontro do partido, no Porto, Jerónimo de Sousa afirmou que a pandemia da covid-19 tem “as costas largas” e, em seu nome, pensaram em proibir as comemorações institucionais e populares do 25 de abril e do Dia do Trabalhador, a 01 de maio, tendo sido a Festa do Avante! o “alvo preferencial”.
“O alvo preferencial era a Festa do Avante!, melhor dizendo, o PCP. Juntaram-se todos num arrepiante discurso terrorista, argumentando de que isto ia ser o fim do mundo, de que íamos alegremente para o suicídio coletivo, eu sei lá as barbaridades que não disseram, desde o Presidente da República até a este ou aquele pequeno partido”, disse.
O comunista considerou que o partido demonstrou “sentido de responsabilidade, coragem e determinação” e, foram estas características, que fizeram com que o Avante! fosse em condições “tão difíceis” um “grande êxito político que serviu de exemplo para muitos partidos comunistas na Europa”.
Se o PCP não realizasse a festa, neste momento, estaria a discutir-se uma “coisa bem pior”, designadamente o congresso do partido, entendeu.
A 44.ª edição da Festa do Avante!, no Seixal, distrito de Setúbal, decorreu entre 04 e 06 de setembro, num ano em que o evento político-cultural foi muito restringido pelas regras sanitárias devido à pandemia de covid-19.
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