Numa sessão de apresentação na sede do grupo de coordenação da JMJ, esta sexta-feira, que contou com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, o coordenador do grupo de projeto para a JMJ, José Sá Fernandes, e o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, apresentaram os principais detalhes.
A primeira oradora da apresentação, Ana Catarina Mendes, sublinhou que: "Vamos ter no nosso território durante pelo menos uma semana, concentrados na Área Metropolitana de Lisboa e sobretudo em Lisboa, um milhão a um milhão e meio de peregrinos. Isto diz bem aquilo que é a dimensão deste evento que nunca foi organizado em Portugal", afirmou, destacando ainda que "este é um plano nacional" que irá contar com "cooperação de outras forças internacionais".
"Portugal demonstrará mais uma vez que perante um desafio de um evento desta natureza estaremos à altura de bem receber, à altura de bem acolher e à altura de garantir as condições para que todos aqui sintam que Portugal tornou possível esta JMJ e garantiu que tudo o que estava ao nosso alcance foi feito", acrescentou.
De seguida, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, começou a enumerar as medidas de segurança que salientou ser um "trabalho de mais de 400 dias" que vai contar aproximadamente com 16 mil elementos das forças de segurança nas operações durante os dias da JMJ.
Principais Medidas de Segurança:
Controlo do Espaço Aéreo:
- Vão ser criadas 4 zonas de exclusão aérea em Lisboa e Fátima
- Serão aplicados constrangimentos em 23 aeródromos
- Voos do aeroporto de Lisboa e Cascais são permitidos
- Vai ser implementado um sistema de deteção de Drones não autorizados
Fronteiras:
- Reposto o controlo das fronteiras a partir de 22 de julho, sob responsabilidade do SEF, com apoio da GNR e da PSP
- Vão existir 21 pontos de passagem autorizados com controlo seletivo "com base na análise de risco", segundo Paulo Vizeu Pinheiro
Segurança Papal:
- A PSP está em estreita colaboração com segurança do Vaticano
Espaço Público:
- Vai existir mais segurança nas zonas de lazer, jardins, parques e praias. Esta medida serve como "dissuasora de comportamentos de risco e segurança das pessoas que vão estar na JMJ", sublinha o secretário geral.
Comunicações:
- Aumento da capacidade de resposta e resiliência dos circuitos de comunicação e comunicação de emergência
- Reforço de 6 estações na zona de Lisboa
- Reforço das redes gerais de telecomunicações
- Foram classificados como prioritários 500 números de telemóvel de comandantes das forças de segurança, de emergência médica e Proteção Civil
O responsável detalhou ainda a estrutura de coordenação e controlo, que terá um Centro de Coordenação e Controlo, um Centro de Informações e Cooperação Policial Internacional, uma Célula de Coordenação da Comunicação e um Gabinete de Crise.
Vai existir cooperação de várias entidades de segurança, nomeadamente mobile offices da Interpol e da Europol.
Principais Medidas de Mobilidade:
Transportes:
- Os transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa vão disponibilizar diariamente mais 1.134.000 lugares durante a Jornada Mundial da Juventude, entre 1 e 6 de agosto
- Entre os dias 1 e 4 de agosto serão disponibilizados por dia mais 354.000 lugares nos transportes públicos, dos quais 119.000 no modo rodoviário, 90.000 em comboios, 143.000 em metro e metro de superfície e 2.000 em barcos.
- Quanto aos dias 5 e 6, está prevista a disponibilização diária de mais 780.000 lugares, sendo 429.000 de modo rodoviário, 170.000 em comboios, 154.000 em metro/metro de superfície e 27.000 em barcos.
- Vai existir um Passe especial para peregrinos que "vai evitar um excedente de filas e incentivar a utilização do transporte público", segundo o coordenador do grupo de projeto da JMJ, José Sá Fernandes. O governo irá comparticipar este cartão em 40%
- A maioria dos peregrinos irá ficar em Lisboa, e por esse motivo todos os operadores de transporte vão ser envolvidos
- Vai existir aluguer de autocarros para peregrinos. Já estão alugados cerca de 2000 autocarros, estão previstos 4000 e a capacidade máxima serão 7000
- Estima-se que cerca de 20% dos participantes se vão descolar de carro, ou seja, cerca de 60 mil carros a estacionar em Lisboa e a procurar estacionamento
- O reforço da oferta foi consensualizado com a CP - Comboios de Portugal, Metropolitano de Lisboa, Carris, Carris Metropolitana, Fertagus, Metro Transportes do Sul e Transtejo/Soflusa
- Os interfaces dentro da cidade de Lisboa estarão a funcionar na generalidade, com a exceção de algumas estações encerradas, nomeadamente: Nos dias 1, 3 e 4 de agosto encerram as estações de Metro da Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Restauradores, nos dias 5 e 6 encerram as estações de comboios de Moscavide, Sacavém, Bobadela, e Santa Iria e de 1 a 6 de agosto haverá uma relocalização do terminal da Carris do Marquês de Pombal para a zona da Praça de Espanha, para continuar a garantir a ligação à linha azul do Metro de Lisboa.
- Serão suprimidas ou terão alteração de percurso as linhas que servem zonas determinadas por perímetros de segurança e zonas de arruamentos estreitos
- Os ascensores da Bica, Glória e Lavra estarão encerrados nos dias 1, 3 e 6 de agosto. O elevador de Santa Justa irá funcionar.
Transporte de Voluntários:
- Será feito através dos transportes públicos
- Vão existir Shuttles escoltados pelas forças de segurança
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