José Filomeno dos Santos, antigo presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), prometeu, em comunicado, que vai continuar a colaborar com a Procuradoria-Geral da República (PGR), para a resolução satisfatória do caso, como o vem fazendo desde o dia 27 de fevereiro.
No comunicado, divulgado pela rádio pública de Angola, José Filomeno dos Santos refere que "tomou a iniciativa de contactar voluntariamente a Procuradoria-Geral da República, entre os dias 27 de fevereiro e 05 de março, no sentido de colaborar com a descoberta da verdade".
Segundo José Filomeno dos Santos, foi constituído arguido no dia 06 de março. Mas, depois do interrogatório, não foi notificado de qualquer medida de coação, tendo sabido que não poderia sair do país apenas 20 dias depois, através da comunicação social.
Perante essa informação, José Filomeno dos Santos referiu que se deslocou hoje à Direção Nacional de Ação e Investigação Penal (DNIAP) da PGR, onde assinou o termo de identidade e residência e procedeu à entrega dos passaportes em cumprimento do despacho da PGR.
O anúncio de que José Filomeno dos Santos é arguido neste processo sobre uma alegada transferência irregular de 500 milhões de dólares para um banco britânico foi feito, segunda-feira, pelo subprocurador-geral da República de Angola e diretor da DNIAP, Luís Benza Zanga.
Em conferência de imprensa, o responsável de justiça informou que, além de ter sido constituído arguido, o ex-presidente do FSDEA está impedido de sair do país.
José Filomeno dos Santos, que foi presidente do conselho de administração do FSDEA até janeiro deste ano, por nomeação do pai, foi exonerado pelo atual Presidente da República, João Lourenço.
Neste processo, são também arguidos o antigo governador do Banco Nacional de Angola, Valter Filipe, e outros três cidadãos angolanos, conforme explicou Luís Benza Zanga.
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