O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, começa por referir que o MAI "aprovou o diploma que dá suporte orçamental à estratégia de investimento na GNR e na PSP, para o quinquénio 2022-2026 (Decreto-Lei n.º 54/2022, de 12 de agosto), tendo destinado o valor global de 607 milhões de euros para a qualificação das infraestruturas, sistemas de informação, veículos, armamento e diverso equipamento operacional destas Forças de Segurança, investimento este que dá sequência à execução de 340 milhões de euros".

Na carta aberta, a que o SAPO24 teve acesso, que é utilizada para responder ao SNOP, refere-se ainda o investimento em infraestruturas que ultrapassa os 69 milhões euros. Numa lista onde enumera o dinheiro canalizado para as forças de segurança, refere ainda "o investimento em armamento (2,2 milhões de euros), tecnologias de informação (15,6 milhões de euros), viaturas (24,4 milhões de euros) e diversos equipamentos operacionais de proteção individual, funções especializadas e apoio à atividade operacional (4,1 milhões de euros) - no tocante a viaturas, entre 2024 e 2025, prevê-se a entrega de 789 novas viaturas. Desde 2017, a GNR e a PSP receberam 2.088 novas viaturas." Para de seguida lembrar, os sete milhões de euros em reparação de viaturas policiais da PSP. Entre outros investimentos que dizem respeito à "melhoria das condições de trabalho e de vida dos elementos das Forças de Segurança", dos quais se destacam "6 milhões de euros de investimento em construção e reabilitação de habitações destinadas aos profissionais da GNR e da PSP", entre outros.

No que às "condições remuneratórias dos profissionais da GNR e da PSP" diz respeito, a tutela diz ter aumentado "24,04%, da massa salarial das Forças de Segurança (aqui não se incluindo os serviços remunerados).

No documento, contesta ainda a ideia de que há falta de polícias, citando "o Eurostat referem que, no período 2019- 2021, Portugal era o 4.º País da Europa com o mais elevado rácio de polícias por cada 100 mil habitantes, somente sendo ultrapassado por Chipre, Grécia e Croácia, facto que, por um lado, contribui decisivamente para a posição ocupada pelo nosso País (7.º lugar) no ranking dos países mais pacíficos do mundo (fonte: 2023 Global Peace Index)".

Por fim, termina acrescentando estar "seguro de que os objetivos a atingir nesta matéria apenas podem ser fixados no contexto de um diálogo urbano, leal, frontal, franco e construtivo que, de forma direta, envolva os atores que se encontram no centro do debate político sobre os assuntos da segurança interna, com especial relevância para os sindicatos." Sem, refere, pôr em causa "regras do regime democrático". De forma, a "dar sustentabilidade à concordância prática entre, por um lado, a garantia da paz social, e, por outro, o progresso na dignificação das carreiras policiais".