Yingluck Shinawatra não é vista desde 25 de agosto, quando se devia apresentar no tribunal para ouvir o veredito no processo por negligência, em que era acusada de não supervisionar o plano de apoio ao arroz, o que, de acordo com a comissão anticorrupção, causou prejuízos equivalentes a 17,1 milhões de euros e fomentou a corrupção.
“De acordo com informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros, ela está agora no Dubai”, disse Prayut Chan-o-Cha.
Várias fontes próximas de Yingluck e da junta militares tinham já dito que a ex-chefe do governo tailandês se encontrava no Dubai, onde também vive o seu irmão Thaksin, também ex-primeiro-ministro que fugiu a acusações judiciais.
Yingluck, que enfrentava uma pena máxima de dez anos de prisão, manteve a sua inocência desde o início do julgamento e disse que a acusação tinha motivos políticos e estava relacionada com a junta militar que governa a Tailândia desde 2014.
A ex-primeira-ministra fugiu do país dias antes da audiência programada para 23 de agosto, na qual o Supremo previa emitir a sentença, que acabou adiada para quarta-feira devido à não comparência da réu.
A ex-chefe de governo foi deposta após uma controvérsia decisão do Tribunal Constitucional, em que foi acusada de abuso de poder por influenciar a libertação de um alto funcionário poucos dias antes de o exército assumir o poder, no golpe em 22 de maio de 2014.
Yingluck chegou ao governo em 2011, depois de ganhar por maioria absoluta à frente do Pheu Thai, um dos partidos criados por Thaksin, que também foi deposto por um golpe de estado em 2006 e condenado em 2008, à revelia, a dois anos de prisão por abuso de poder.
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