A pessoa mais velha do mundo celebrou no domingo o 119.º aniversário no Japão e diz-se determinada a estender o recorde por mais um ano, completando assim 120 voltas ao sol.

Com uma queda especial por refrigerantes e chocolate, como revela o Guardian, Tanaka celebrou no dia 2 de janeiro com os funcionários do lar onde mora o grande feito que se tem vindo a prolongar desde 2019, quando a japonesa centenária tinha 116 anos e passou a ser a pessoa mais velha do mundo viva.

Mais tarde, com 117 anos e 261 dias de vida, em setembro de 2020, bateria o recorde absoluto de qualquer japonês.

Hoje, Tanaka é a mais velha de um grupo de dezenas de milhares de japoneses centenários. No total, o Japão conta com 86.510 pessoas com idade igual ou superior a 100 anos, um novo recorde, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde japonês em setembro de 2021, num país em que o número de centenários quintuplicou desde 2000.

Os números, divulgados por ocasião do Dia do Respeito pelos Idosos, representam um aumento de 6.060 pessoas em relação ao ano anterior, de acordo com a informação fornecida pelo Ministério.

As mulheres continuam a ser a esmagadora maioria das pessoas centenárias, representando 88% do total (76.450 pessoas), mais 5.475 que no ano anterior.

Os homens com idade igual ou superior a 100 anos ultrapassaram pela primeira vez os dez mil, com um total de 10.060, um aumento de 585 indivíduos em relação a 2020.

O número de pessoas centenárias no Japão tem crescido de forma significativa nas últimas cinco décadas, um aumento que especialistas atribuem ao desenvolvimento de tecnologias e tratamentos médicos.

Em 1963, quando se realizou o primeiro estudo, os japoneses com mais de 100 anos eram apenas 153.

Em 1998, esse número atingiu os 10 mil, alcançando os 30 mil em 2007, até superar os 50 mil cinco anos mais tarde, segundo dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar japonês.

O envelhecimento da população é um dos grandes desafios para o Japão, com uma taxa de natalidade em constante declínio, suscitando preocupações sobre as perspetivas económicas e a mão-de-obra do país.

Em 2020, a esperança de vida no arquipélago atingiu um recorde para ambos os sexos: 87,74 anos para as mulheres e 81,64 para os homens, segundo dados divulgados em julho pelo Ministério da Saúde japonês.

Por prefeitura, Shimane (oeste) tem o maior número de pessoas centenárias por 100.000 habitantes (134,75), seguido de Kochi (126,29) e Kagoshima (118,74).