Marta Soares referiu que os bombeiros, para além de transportarem milhares de pessoas por dia para os hospitais e centros de saúde, também passam muitas horas no interior dos hospitais.
“Não tenho conhecimento de nenhum bombeiro que tenha sido infetado, mas é uma situação preocupante e vamos estar atentos ao evoluir desta situação. Transportamos milhares por dia, temos todos os cuidados, mas os bombeiros também passam muitas horas no interior dos hospitais”, declarou à agência Lusa.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses deixou em aberto a possibilidade de discutir o assunto com a Direção-Geral de Saúde, apesar de salientar que é importante, nesta altura, “não causar alarme”.
O Ministério Público anunciou hoje, em resposta à Lusa, que está a investigar o surto garantindo que vai averiguar “qualquer indício de crime”.
“O Ministério Público encontra-se a recolher elementos, sendo que não deixará de investigar qualquer indício de crime de que tenha conhecimento”, refere a resposta, por escrito, enviada à agência Lusa.
O surto de infeção com a bactéria 'legionella' no hospital São Francisco Xavier provocou dois mortos, um homem de 77 anos e uma mulher de 70 anos, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde.
Em conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que a mulher estava internada na unidade de cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o homem nos cuidados intensivos de uma unidade de saúde privada.
O balanço das pessoas infetadas com a bactéria 'legionella' subiu hoje para 29, encontrando-se 26 internados, três dos quais nos cuidados intensivos do Hospital São Francisco Xavier, onde foi detetada a infeção.
Graça Freitas disse que o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge está a realizar análises, que vão demorar tempo a produzir resultados para detetar a origem do surto, admitindo a responsável que poderá estar nas torres de refrigeração ou no sistema de águas do hospital.
O ministro da Saúde deu duas semanas à Direção-Geral de Saúde e ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) para que "habilitem o governo com um relatório detalhado, que seja do conhecimento público", para apurar a forma como as coisas correram.
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