“Sei que o surto está circunscrito e que estão a ser tomadas as medidas adequadas”, disse Fernando Ribeiro Rosa à agência Lusa.

Até ao momento, referiu, à Junta de Freguesia de Belém não foi solicitada qualquer intervenção.

“Temos de confiar nas nossas instituições”, disse o autarca.

Além do Hospital São Francisco Xavier, as autoridades identificaram nas redondezas desta unidade de saúde pelo menos sete equipamentos potencialmente produtores de aerossóis e onde poderá também ter começado o surto.

Segundo o presidente dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), a maior probabilidade é que o surto tenha origem nas instalações do hospital, mas, por precaução, a Administração Regional de Saúde (ARS) e o delegado de saúde fizeram o levantamento dos equipamentos potencialmente geradores de aerossóis para fazer análises.

Em declarações à Lusa, Paulo Correia de Sousa afirmou que a atividade dos SUCH se circunscreveu às instalações do Hospital S. Francisco Xavier, mas que deram “um contributo para ajudar a identificar quais os equipamentos que eram potencialmente produtores de aerossóis”, os únicos que podem levar à transmissão da bactéria.

Este surto de ‘legionella’, que, de acordo com as informações conhecidas até hoje de manhã, infetou 30 pessoas, já provocou a morte a duas delas.

Segundo informaram na segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), até às 20:00 de segunda-feira tinham sido diagnosticados “30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier”, mais um caso do que o anterior balanço.

Destes 30, dois morreram, um teve alta e os restantes encontram-se internados.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma pneumonia grave. A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.