Na Feira dos Carvalhos, o presidente do CDS-PP, acompanhado pela cabeça de lista pelo círculo do Porto, Filipa Correia Pinto, ia falando com comerciantes e clientes a quem perguntou como estava a sua saúde.

Este era o mote para Francisco Rodrigues dos Santos entregar uma caneta, um panfleto da “via verde saúde” e explicar a quem encontrou esta proposta que consta no compromisso eleitoral do partido, pedindo também força para a poder executar.

“Nós hoje estamos a promover a via verde saúde, que é para dar a todos os doentes que ultrapassem os tempos de espera no SNS [Serviço Nacional de Saúde] uma consulta, um exame e uma cirurgia nos hospitais particulares e sociais pagos pelo Estado”, afirmou, defendendo que os portugueses têm de ter “uma saúde a tempo a horas”.

Já em declarações aos jornalistas no final desta iniciativa de campanha, o líder sustentou que o SNS “está sobrecarregado, não tem mãos a medir, e sobretudo ao longo da pandemia foram adiadas milhares e milhares e milhares de consultas, exames e cirurgias”.

E apontou que quer que Portugal siga o caminho dos “países mais evoluídos a nível europeu”, defendendo que “o que conta é a qualidade do serviço de saúde e não o seu prestador”.

A proposta do CDS-PP, sustentou, “centra a assistência de saúde no doente e não na ideologia”, além de que “sai mais barato, é mais eficiente” e permite “maior qualidade do serviço”.

Francisco Rodrigues dos Santos lamentou também que “infelizmente em Portugal o que se nota cada vez mais é que só quem tem um seguro de saúde, e paga para isso, é que pode ter uma saúde de qualidade”.

Ao longo da feira, o presidente centrista ouviu palavras de incentivo, mas logo à chegada um homem dizia que domingo o líder do CDS será “o primeiro a pedir a demissão porque esse partido vai acabar”.

Questionado pelos jornalistas sobre as palavras que ouviu à chegada à feira, o presidente do CDS-PP disse que o homem “pertence à caravana do PS e foi ali plantado de propósito para lançar esses impropérios”.

“Eu fico satisfeito por incomodar algumas pessoas, porque o CDS sempre foi uma voz irreverente que quer de facto mudar de políticas, sobretudo para aqueles que se identificam com uma ideologia socialista, não se sentem confortáveis com haver o CDS forte”, declarou.

De São, uma vendedora de pão e pastelaria, que considerou que o líder centrista "não veste mal de cara", Francisco Rodrigues dos Santos ouviu que "a saúde vai andando", mas é preciso que "parem de subir" os preços porque os comerciantes estão a ter prejuízos.

"Se o imposto não desce, vota no CDS", pediu.

Mais à frente o presidente do CDS-PP encontrou Teresa no seu dia de aniversário, a quem a comitiva centrista cantou os parabéns, mas também uma família que pediu rendas mais baixas.

Entre bancas de fruta, legumes, enchidos e bacalhau, ouviu que "fala muito bem" e desejos de felicidades e sorte para o dia das eleições.

E Rosa pediu a Francisco Rodrigues dos Santos que "se façam amigos lá no parlamento e componham-se" para que os portugueses "não andem nestas andanças" das eleições.

Maria Couto prometeu dar o seu voto ao CDS, referindo que vai votar "no pequenino que ele tem de crescer".