Durante quase uma hora, Jerónimo e outros candidatos da CDU visitaram uma parte do museu, ouviu as explicações sobre as três múmias do Egito existentes no local e viu várias peças encontradas no seu concelho, Loures, num percurso que também o levou à sala sobre as religiões lusitanas.
“É, de facto, uma lição e simultaneamente uma aula”, descreveu o líder comunista, em declarações aos jornalistas, à porta do museu.
A três semanas das eleições legislativas, Jerónimo de Sousa prometeu bater-se por uma “proposta estrutural de reforço das verbas para a Cultura” para que esta área tenha um por cento do Orçamento do Estado.
“Com o reforço da verba orçamental, podemos não conseguir dar as respostas todas, mas encontraremos as respostas mais urgentes para a cultura, para o nosso património, para os museus”, disse.
Jerónimo de Sousa recordou ainda que, no anterior governo PSD-CDS, foram cortadas verbas para a cultura e que foi “nesta nova fase da vida política nacional”, uma medida com o apoio do PCP, que se retomou “o princípio da gratuidade da visita aos museus aos domingos e feriados”.
Os comunistas estão também preocupados com a necessidade de pessoal dos museus, à medida que os profissionais mais velhos, com mais conhecimentos e memória, forem saindo para a reforça.
E porque estava à porta de um museu, o secretário-geral comunista voltou a criticar a eventual criação de um museu sobre Salazar, em Santa Comba Dão, Viseu, considerando tratar-se de uma “ofensa a quem lutou” contra a ditadura.
“Quisemos significar com esta visita valorizar tanto os avanços alcançados nesta nova fase da vida política nacional e continuar a nossa intervenção e a nossa proposta” para os problemas na cultura, afirmou.
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