“Acredito que o CDS, sendo um partido histórico da nossa democracia e que já tutelou a pasta da Defesa Nacional, ficaria muito bem entregue ao CDS novamente a liderança desta pasta num futuro governo de Portugal”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas em Leiria, à margem de uma iniciativa de campanha.

Rodrigues dos Santos ressalvou que não coloca “como objetivo ser ministro da Defesa”, apesar de esta ser a sua “pasta de eleição” pela “tradição de formação de valores e pelo conhecimento” que diz ter “dentro dessa área”.

“O que me move a mim como presidente do CDS não é ser ministro, não é o CDS estar no Governo, não é o poder pelo poder como um fim em si mesmo, é o CDS ter a capacidade de influenciar políticas públicas em Portugal”, salientou.

Questionado se a sua formação no Colégio Militar é suficiente para assumir a pasta, respondeu que “não chega, mas ajuda” e destacou que é “filho e sobrinho de oficiais do Exército”, conhece “amplamente a instituição militar, os seus valores, a sua organização”.

E indicou também que no compromisso eleitoral que apresenta às eleições legislativas de 30 de janeiro, o CDS tem “propostas concretas para reformar as Forças Armadas”.

Sobre seguir as pisadas de Paulo Portas, que foi ministro da Defesa nos governos liderados por Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, Francisco Rodrigues dos Santos disse ter admiração pelo antigo líder do CDS-PP e que seguir-lhe ao passos será “um elogio” e algo que vê “com regozijo e com entusiasmo”.

E destacou que também Adelino Amaro da Costa “foi o primeiro civil a ocupar a pasta de ministro da Defesa”, considerando que isso demonstra que o CDS “já tem pergaminhos nesta área, como continua a ser uma prioridade no âmbito das políticas de compromisso nacional e de serviço à pátria”.

“O que eu acho fundamental é que o espaço do centro-direita consiga ter uma nova maioria no parlamento e é para isso que eu vou trabalhar, e mais à frente naturalmente gostava de estabelecer compromissos que permitissem libertar o país do Partido Socialista, que não houvesse nenhum bloco central e que pudéssemos virar a página da estagnação económica e do atraso social, defendeu o presidente do PSD.

E adiantou que, se CDS e PSD chegarem a um entendimento, haverá “um acordo de quadro que verterá matérias que são fundamentais, onde se inscreve a Defesa Nacional”.

O presidente do PSD não excluiu hoje que, num eventual Governo de centro-direita, a pasta da Defesa possa ser atribuída ao CDS-PP, como defendeu Francisco Rodrigues dos Santos.

No final de uma ação de rua em Bragança, Rui Rio foi questionado sobre o desejo do líder do CDS-PP, hoje reafirmado no debate, de que o partido pudesse voltar a ter a pasta da Defesa, Rio não excluiu essa hipótese.

“É uma questão de se ver, não seria a primeira vez que o CDS tinha o Ministério da Defesa, como sabemos”, afirmou.

Rio reiterou que, vencendo as eleições sem maioria, começaria a negociar primeiro com o CDS, parceiro “tradicional”, e depois com a IL, “um partido novo e que pode vir a ter ou não uma representação parlamentar significativa”.

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