Eduardo Ferro Rodrigues recebe o líder da CGD na sala de visitas da Presidência, no Palácio de São Bento, pelas 11:00, de acordo com a agenda do presidente da AR.
O novo presidente do Conselho de Administração da CGD, António Domingues, vai ganhar 423 mil euros anuais e os vogais executivos vão auferir 337 mil euros por ano.
A estas verbas soma-se a componente variável, que pode ir "até metade da remuneração fixa", sendo o valor fixado apenas após a avaliação do desempenho da equipa de gestão, de acordo com as informações transmitidas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, na semana passada.
Considerando por exemplo o caso específico do presidente da CGD, a sua remuneração total pode ir até aos 634 mil euros por ano, o equivalente a 45 mil euros por mês (pagos em 14 vezes): 423 mil euros na componente fixa e até 211 mil euros na componente variável.
Segundo noticiou na segunda-feira o jornal Público, António Domingues vai ainda poder, a partir de janeiro, juntar ao salário enquanto líder da CGD a pensão a que tem direito pelos descontos efetuados ao longo da carreira contributiva no BPI.
Certo é que o assunto tem estado em destaque nos últimos tempos, agitando a cena política, com vários partidos a tomarem posições sobre a matéria.
A 19 de outubro, o PSD e o PS chumbaram uma proposta do PCP para limitar as remunerações dos gestores públicos e privados, limitando-as a 90% dos salários do Presidente da República.
A proposta, na especialidade, foi votada na comissão de Orçamento e Finanças, recebendo os votos favoráveis do BE e do CDS-PP além do proponente, o PCP.
Mário Centeno explicou recentemente no parlamento que “a política remuneratória dos administradores da Caixa corresponde à mediana no setor em Portugal”, uma métrica que, segundo disse, não influencia o mercado “nem no sentido de o inflacionar nem no de [estes salários] estarem fora do mercado”.
Mário Centeno garantiu ainda que “a aplicação da regra anterior na determinação da remuneração destes mesmos membros [significa que] o custo total de remunerações seria superior”, comparando com o que é agora seguido.
A comissão executiva da CGD, cujos membros tomaram posse no dia 31 de agosto para o mandato de 2016 a 2019, é liderada por António Domingues, que ficou responsável, entre outras áreas, pela direção de auditoria interna.
O Conselho de Administração da Caixa conta ainda com um vice-presidente não executivo (Emídio Rui Vilar), com seis administradores executivos (Emídio Pinheiro, Henrique Menezes, João Paulo Martins, Paulo da Silva, Pedro Leitão e Tiago Marques) e com três administradores não executivos (Angel Corcóstegui Guraya, Herbert Walter e Pedro Norton de Matos).
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