“Eduardo Cabrita transformou-se numa espécie de ministro sempre em pé que, polémica após polémica, escândalo atrás de escândalo, não assume responsabilidades, não fala verdade aos portugueses e não sai deste Governo, dando assim uma réstia de credibilidade a António Costa”, disse o líder do CDS.
Rodrigues dos Santos falava em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, durante as comemorações do 47.º aniversário do CDS e onde foi apresentada a candidatura Ricardo Silva à autarquia.
No seu discurso, o líder dos democratas-cristãos acusou Eduardo Cabrita de ter mentido no parlamento quando “não assumiu que tinha sido por sua responsabilidade que os festejos [do título do Sporting] tinham ocorrido naquelas condições”.
“O relatório do IGAI e da PSP é muito claro: os festejos do título nacional de futebol foram autorizados pelo ministro Eduardo Cabrita”, afirmou, defendendo que esta “cultura de impunidade, de passa culpas, onde ninguém assume as suas responsabilidades tem, de uma vez por todas, de terminar”.
Referiu ainda que, ao longo destes últimos anos, o titular da pasta da Administração Interna “tem colecionado uma história de mentiras, de responsabilidade de negligência, com consequências gravíssimas” para o país, que são “uma mancha no nome deste Governo”.
“O país já não confia em Eduardo Cabrita e reclama há muito a sua saída do Governo”, disse, afirmando que o governante se mantém no cargo por fazer parte de “um pequeno e restrito grupo de militantes do PS que há muitos anos que mandam no país e pertence ao ciclo mais íntimo da confiança pessoal do primeiro-ministro”.
O líder centrista lançou ainda um último apelo para que o ministro da Administração Interna abandone as suas funções, assinalando que a critica a Eduardo Cabrita “converteu-se no desporto nacional” e “já há apostas de quando é que será substituído por António Costa”.
No seu discurso em Sever do Vouga, Rodrigues dos Santos criticou também o “nível pornográfico” de impostos que o Governo pratica sobre os combustíveis, defendendo que é urgente que na próxima sessão legislativa se comece a pensar numa “brutal” descida de impostos, para poupar as famílias, dinamizar a atividade económica e enviar estímulos às empresas.
Deixou ainda recados internos, afirmando para não contarem consigo para “cultivar discórdias ou divisões” dentro do CDS, adiantando que o seu foco, neste momento, são as autárquicas.
“Eu estou ao lado dos meus e os meus são todos os militantes deste partido que se esforçam em cada concelho, em cada terra, para dar ao CDS uma vitória no dia 26 de setembro e aí sim faremos as contas ao trabalho feito e avaliaremos o mérito do nosso esforço e do nosso empenho”, concluiu.
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