“Este Governo tem urgentemente de encontrar formas para que o país possa conviver socialmente com o vírus em circunstâncias de segurança e que respeitem a saúde pública”, defendeu o líder centrista, considerando que o executivo “não pode continuar arbitrariamente a proibir os portugueses e a impedir o regresso às vidas normais”.

Francisco Rodrigues dos Santos falava na abertura do Conselho Nacional do CDS-PP, órgão máximo entre congressos, que está reunido por videoconferência.

“O que se exige a este Governo é que consiga desenhar um quadro de organização destes eventos em segurança, a uma escala reduzida, que permita aos portugueses cumprir responsavelmente as suas festividades porque os portugueses demonstraram até aqui que são exemplares a cumprir as instruções do Governo quando o Governo sabe comunicar, não entra em incoerências nem em dualidade de critérios, sublinhou na intervenção que fez a partir da sede nacional do CDS-PP, em Lisboa, perante a comunicação social.

Na ótica de Francisco Rodrigues dos Santos, o Governo liderado pelo socialista António Costa “optou por um discurso incoerente e com uma dualidade de critérios que é manifestamente inaceitável, que os portugueses não compreendem e que mina a sua autoridade e a confiança”.

Numa referência ao comportamento dos adeptos ingleses que estiveram no Porto para a final da Liga dos Campeões, o democrata-cristão criticou que “os ingleses podem tudo e os portugueses são multados se não cumprirem os comportamentos que o Governo recomenda”, lamentando também que “os ingleses podem festejar e os portugueses têm de estar confinados em casa”.

“E eu pergunto: se os santos fossem Saint Anthony ou Saint John já podia haver comemorações dos santos populares?”, disse.

Criticando que “em Portugal, com António Costa, os amigos são sempre protegidos, a culpa morre solteira e a impunidade é expressa e declarada”, o presidente do CDS-PP exigiu “rigor, competência e planeamento a quem está no Governo” e voltou a defender demissões no executivo.

“Se estes ministros não servem, têm de ser substituídos por alguém que honre os sacrifícios dos portugueses e que deem segurança e previsibilidade à vida dos nossos concidadãos”, frisou.

Na manhã de hoje, o presidente Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), anunciou que não vai autorizar este ano a realização de arraiais populares devido à pandemia de covid-19, apelando para que os cidadãos compreendam a situação e evitem aglomerações.

Já o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse na segunda-feira que a festa do “São João haverá sempre” e que aquilo que a autarquia permitiu, “com o parecer das autoridades de saúde, foram três zonas de diversões, onde as pessoas podem ir em condições consideradas de total segurança por parte da Direção-Geral [da Saúde]”.

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