O congresso federal do SPD, que se realizou na cidade de Bona, aprovou por maioria a proposta do líder do partido, Martin Schulz.
O líder do SPD pedia o "sim" a um pré-acordo para formar um Governo estável na Alemanha. Correntes internas no partido, como a dos jovens, estavam contra esta orientação.
Horas antes da resposta positiva do partido, Schulz tinha lançado um dramático apelo aos mais de seiscentos delegados do SPD para que dessem luz verde ao início das conversações formais para outra coligação, já que, disse, disso dependia o “futuro” da Alemanha.
“É muito o que conseguimos”, assegurou, em alusão tanto à grande coligação que governou a Alemanha na anterior legislatura, como o conteúdo do pré-acordo com os democratas-cristãos, do qual destacou as propostas incluídas pelo seu partido em matéria de saúde e trabalho.
Schulz comprometeu-se a seguir trabalhando para “melhorar” o acordado, com o objetivo de alcançar uma saúde pública mais igualitária e levantar as restrições ao reagrupamento familiar impostas pelo bloqueio conservador, e avançou a sua intenção de “rever” o que for alcançado a meio da legislatura, se governar com Merkel.
O líder também expressou a sua “compreensão” para com aqueles que o repreendem por terem mudado de posição, já que na campanha eleitoral e depois da derrota do SPD, em setembro, disse que pretendia assumir o seu lugar na oposição.
“A Europa está a observar-nos”, advertiu Schulz, que insistiu na necessidade de entrar no futuro Governo alemão para promover com a França “as reformas de que a União Europeia/UE precisa”.
Segundo assinalou, no sábado conversou com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e também foi contactado pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Além dos protestos de grupos internos do SPD, ativistas de organizações ambientais e uma amálgama de outros grupos, são contrários a uma grande coligação governamental que inclua o SPD.
[Notícia atualizada às 15h55]
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