“Se nada for feito, o transporte de doentes em ambulâncias terá este ano um prejuízo de 23 milhões de euros”, disse à agência Lusa o presidente da LBP, António Nunes, avançando que a Liga quer ver rapidamente revertida esta situação através de uma atualização dos valores pagos pelo Ministério da Saúde às corporações de bombeiros.

Segundo a LBP, atualmente é pago aos bombeiros uma taxa de 10 euros referente à saída da ambulância e 56 cêntimos por quilómetro.

António Nunes avançou que a Liga defende um aumento para 20 euros da taxa de saída e 70 cêntimos por quilómetro.

A atualização dos valores, que a LBP considera como a que mais preocupa atualmente os bombeiros voluntários, vai ser uma das questões que a Liga vai abordar na próxima terça-feira durante uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

O transporte de doentes em ambulância diz respeito a casos não urgentes e destina-se, por exemplo, para tratamentos por hemodialise, fisioterapia e consultas de oncologia, bem como transporte inter-hospitais.

António Nunes indicou ainda que o Ministério da Saúde tem atualmente uma dívida aos bombeiros de cerca de 25 milhões de euros referente a serviços prestados em 2022 que ainda não foram pagos.

O presidente da LBP explicou que esta dívida é dos hospitais e administrações regionais de saúde, que não têm uma rotina de pagamento às corporações de bombeiros, o que cria “uma grande dificuldade de gestão das tesourarias”.