Na edição deste ano, a autarquia recebeu 107 candidaturas de 336 entidades promotoras, que abrangiam 67 territórios BIP/ZIP.
Destas, foram selecionados pelo júri do concurso 38 projetos que incidem sobre 66 territórios do programa, levados a cabo por 152 entidades.
A edição de 2017 do BIP/ZIP foi hoje apresentada numa cerimónia de assinatura dos protocolos entre o município e as entidades promotoras e parceiras, que decorreu nos Paços do Concelho.
Entre os projetos aprovados encontram-se: uma rede de produtos conscientes, que irá criar uma plataforma comum para divulgação e distribuição de produtos locais com impactos sociais, um programa de capacitação e formação de jovens e crianças imigrantes e das diásporas em risco de exclusão social, um levantamento das memórias do bairro do Casal Ventoso, ou uma livraria solidária em Carnide.
Estes programas serão apoiados pela Câmara em 1,6 milhões de euros (valor igual ao da edição passada), aos quais acrescem 612 mil euros assegurados por outras fontes de financiamento (como parcerias com privados).
Entre os destinatários destes projetos estão a comunidade (22), as crianças (três), a família (um), os idosos (cinco) e os jovens (dois), entre outros (cinco).
Já as temáticas dos projetos passam por melhorar a vida do bairro, competências e empreendedorismo, reabilitação e requalificação de espaços, inclusão e prevenção, promoção da cidadania, entre outras.
Este programa foi criado em 2011 por Helena Roseta, na altura vereadora responsável pela Habitação, e já apoiou um total de 270 projetos.
Presente hoje na cerimónia, a atual presidente da Assembleia Municipal de Lisboa destacou que "neste programa são as organizações que decidem o que fazer e quem recebe o dinheiro" para pôr mãos à obra.
"Quando fazemos coisas em conjunto criam-se laços de amizade e este programa permite isso", advogou Helena Roseta, salientando que "é isto que dá energia à cidade".
No final da sua intervenção, a também deputada socialista à Assembleia da República comprometeu-se a "convencer o Governo a fazer um programa como o BIP/ZIP a nível nacional".
Por seu turno, a atual vereadora da Habitação e do Desenvolvimento Local da Câmara de Lisboa vincou que "este programa está para ficar e para durar", constituindo um exemplo de uma "governação participada".
"Desde 2011 temos 270 projetos, 1015 entidades e quase 1700 atividades", explicou Paula Marques, apontando um "investimento público de mais de 12 milhões de euros nestes anos".
Falando perante os representantes das entidades envolvidas, Paula Marques afirmou que "nos sítios mais improváveis é possível encontrar a marca e a energia BIP/ZIP por toda a cidade".
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