“Vou almoçar com Macron e eu quero discutir com Macron a questão do parlamento francês que aprovou o endurecimento do acordo Mercosul e União Europeia”, afirmou Luiz Inácio Lula da Silva, no seu programa semanal nas redes sociais e na TV Brasil
O líder brasileiro vai encontrar-se com Emmanuel Macron no âmbito de um périplo europeu que se inicia hoje e no qual se reunirá também com o Papa Francisco e o Presidente de Itália, Sergio Matarella.
Lula da Silva tem criticado nos últimos dias o instrumento adicional proposto pela UE para condicionar o acordo de livre comércio com o Mercosul (bloco de países formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai) a garantias ambientais e climáticas.
A crítica foi feita após a aprovação na Europa de uma legislação que proíbe a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas.
O Presidente brasileiro referiu-se especificamente à resolução aprovada na semana passada pela Assembleia Nacional francesa contra a ratificação do acordo de comércio livre enquanto o Mercosul não cumprir os mesmos requisitos sanitários e ambientais que a UE.
“A União Europeia não pode tentar ameaçar o Mercosul, de punir o Mercosul, se não cumprir isso ou aquilo. Se somos parceiros estratégicos vocês não têm que fazer ameaça. Isso eu vou conversar muito com o Presidente da França”, frisou Lula da Silva.
Na semana passada, numa reunião em Brasília com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Lula da Silva já havia manifestado críticas às novas exigências europeias e alertado que entre parceiros estratégicos o que deve existir é “confiança mútua e não desconfiança e sanções”.
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