Inaugurado ao público a 5 de outubro, Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Belém, encerra hoje e fica de portas fechadas durante mais de um mês. Quando reabrir, a 21 de março, as visitas deixarão de ser gratuitas e passarão a custar nove euros, para a visita aos dois espaços museológicos, ou cinco euros, caso o visitante queira entrar apenas na Central Tejo ou no novo edifício do MAAT. Contactado pela agência Lusa na última semana, o administrador executivo e diretor-geral da Fundação EDP, Miguel Coutinho, explicou que o encerramento do novo edifício servirá para "proceder à instalação das novas exposições que vão decorrer em todas as salas, e fazer algumas pequenas reparações, que já estavam previstas".

Concluído o período de entradas gratuitas, será também criado um cartão anual de membro do MAAT, com um custo de vinte euros, com entrada livre - com um acompanhante - para todas as exposições.

No dia da inauguração, mais de 60 mil pessoas visitaram o complexo museológico, que reúne a Central Tejo e o MAAT, mas o acesso foi problemático, devido à falta de segurança da ponte pedonal existente sobre a via-férrea, junto novo Museu dos Coches que se localiza do outro lado da estrada."A nova ponte pedonal já tem a obra adjudicada, e contamos que esteja a funcionar - ligando o topo do edifício do MAAT ao outro lado da linha do comboio - até maio deste ano", indicou Miguel Coutinho à Lusa.

Além da ponte pedonal, o campus da Fundação EDP em Belém vai incluir um jardim que deverá estar concluído até maio: "Vamos começar a plantar 300 árvores, e cerca de 30 mil arbustos. Vai ser o maior espaço verde junto ao rio, e o jardim deverá estar concluído em abril ou maio. Será um novo polo de lazer para os lisboetas", comentou.

A reabertura está prevista para 21 de março com uma exposição sobre o tema "Utopia/Distopia", com obras de arquitetos e artistas plásticos portugueses e estrangeiros. Na sala oval do novo edifício, no dia 22 de março, será inaugurada uma 'instalação/performance' do artista mexicano Hector Zamora, intitulada "Ordem e Progresso".

O MAAT foi projetado pelo ateliê AL_A, da arquiteta Amanda Levete e ocupa uma área de sete mil metros quadrados inserida num espaço com área total de 38 mil metros quadrados, que a Fundação EDP ocupa na margem norte do rio Tejo.