“Esperado há muito tempo”, este acordo vai representar “um passo muito importante, é o resultado de uma ação conjunta” a nível europeu, declarou o chefe de Estado francês que iniciou hoje uma visita de três dias à China.
“Permite promover o comércio e as trocas protegendo as nossas marcas, a nossa experiência”, prosseguiu Macron, que falava em Xangai.
Para o Presidente francês, o futuro acordo vem demonstrar que é possível “construir, de forma realista, uma agenda comercial positiva”.
A assinatura do acordo está prevista para quarta-feira, dia em que Macron irá reunir-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim, e ocorre num contexto de fortes tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo.
Uma IGP é um nome geográfico ou equiparado que designa e identifica um produto originário de um local ou região, que possui uma determinada qualidade, reputação ou outras características que podem ser essencialmente atribuídas à sua origem geográfica e que em relação ao qual pelo menos uma das fases de produção tem lugar na área geográfica delimitada.
O acordo anunciado por Macron abrange 26 IGP francesas, principalmente vinhos, bebidas espirituosas e queijos.
O protocolo em questão foi discutido em março passado quando Xi Jinping visitou Paris.
Na ocasião, Emmanuel Macron convidou a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para conversas na capital francesa.
O objetivo na altura foi mostrar que os países europeus precisavam de coordenar forças e posições para apresentar melhores argumentos às autoridades chinesas.
“Quanto mais jogarmos no eixo franco-alemão e principalmente europeu, mais credibilidade e mais resultados teremos”, repetiu o chefe de Estado francês, dirigindo-se aos empresários franceses e alemães participantes numa feira internacional em Xangai, evento que irá visitar na terça-feira na companhia de Xi Jinping.
No total, 100 IGP europeias estão abrangidas por acordos com a China.
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