"O serviço da dívida vai custar em 2018 mais de 600 milhões de euros, isto dava para construir dois hospitais", afirmou Carlos Pereira, em conferência de imprensa sobre o Orçamento Regional.
Carlos Pereira salientou ainda que o pagamento da dívida "corresponde a 33% do Orçamento, ou seja, mais de 30% é para pagar dívida de opções estratégicas erradas dos governos do PSD".
No que diz respeito ao serviço da dívida, a proposta de Orçamento do Governo Regional indica estarem "previstos para o ano económico de 2018 um total de 607,1 milhões de euros, ou seja 32,2% do total do Orçamento da Região, englobando as subcomponentes económicas dos passivos financeiros e dos juros e outros encargos. As despesas inerentes ao serviço da dívida aumentaram 76,5% em relação a 2017".
O líder dos socialistas madeirenses realçou também que a Madeira vai pagar, em 2018, 132 milhões de euros em Parcerias Público Privadas (PPP) rodoviárias "para fazer manutenção de estradas", o que Carlos Pereira considera "um assalto aos bolsos dos madeirenses", sublinhando que "ainda faltam pagar 870 milhões de euros" até ao final dos contratos.
Carlos Pereira considerou ainda que o Orçamento Regional "não marca uma viragem na redução da austeridade" imposta pelo Programa de Ajustamento Económico Financeiro, que terminou em 2015, e que a redução do IRC para as Pequenas e Médias Empresas é diminuto sendo, em média, de 15 euros, e que a redução no IRS "é uma redução que decorre de medidas nacionais".
"O Governo Regional acaba por adaptar a medida nacional de alteração dos escalões", sublinhou.
"Este Governo, que se apresentou como tendo um novo ciclo para mostrar aos madeirenses, apenas está a mostrar mais do mesmo", concluiu.
O Orçamento do Governo Regional do PSD/Madeira, com o valor de 1.885 milhões de euros, é discutido na Assembleia Legislativa entre 18 e 22 de dezembro.
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